Redação Publicado em 20/01/2021, às 13h32
Saúde mental foi o tema da redação do último Enem, realizado no dia 17 de janeiro, o que veio a calhar, já que o Brasil tem um dos índices mais altos de transtornos de ansiedade e depressão, como deixou claro um dos textos de apoio da prova de redação do Exame. A pandemia apenas agravou ainda mais o cenário, principalmente para os jovens que fizeram a prova.
"O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira" foi muito bem contextualizado pela prova. O preconceito dificulta o acesso ao tratamento para quem precisa, como pontuou Jairo Bouer em papo com o professor de redação Guga Valente, durante live realizada em parceria com o portal Brasil Escola.
Transtornos mentais trazem muito sofrimento, dificultam a vida das pessoas, além de terem impacto na sociedade de forma geral, já que as pessoas com esses quadros frequentemente precisam se afastar do trabalho ou até mesmo pedem demissão.
Por causa do estigma e do preconceito, as pessoas ainda sentem relutância em buscar ajuda médica, já que têm medo de serem taxadas como “loucas” ou até mesmo “exageradas”. Assim, é comum que o indivíduo acredite que pode conseguir gerenciar seu sofrimento psíquico sozinho ou então que negar esse sofrimento vai fazer com que ele passe.
“As pessoas estão ficando mais ansiosas e mais deprimidas. Isso era algo que já estávamos observando, mas que foi agravado com a pandemia. A faixa etária mais jovem era a que esperávamos que fosse ‘tirar de letra’ esse momento de isolamento que estamos vivendo, mas não foi o caso. O fato de não estar na escola, de não estar em contato presencial com os amigos e não poder realizar atividades sociais impactou muito a saúde mental dos jovens”, comentou Jairo.
Para mais informações sobre o tema, assista à live completa abaixo: