Redação Publicado em 21/06/2021, às 19h00
A resposta é: não necessariamente.
Se um homem sente atração e tem relações sexuais apenas com outras pessoas do sexo masculino, muito provavelmente ele é gay. Entretanto, se ele é atraído tanto por homens como por mulheres - independente de acontecer ao mesmo tempo ou em fases alternadas - ele pode ser bissexual.
Por fim, se o homem sente atração só por mulheres e, eventualmente, teve alguma experiência com outros homens, ele é gay ou bissexual? Nesse casos, a classificação de sexualidade fica um pouco mais complicada e, por isso, cada vez mais é utilizado o termo “HSH” ( (homens que fazem sexo com outros homens), que é algo mais abrangente.
De qualquer forma, vale lembrar que não existem apenas gays, héteros e bis. Há uma variedade enorme de comportamentos, sexualidades e, o mais importante, é que as pessoas sejam felizes como elas são.
Para os profissionais de saúde, que lidam com epidemiologia ou com saúde pública, a classificação de “homens gays” ou “bissexuais” não é utilizada. Nesse caso, o termo usado é “homens que fazem sexo com homens”, representado pela sigla HSH.
Ao adotar o termo “HSH”, é aberto um caminho para várias classificações possíveis: homens gays que transam exclusivamente com homens, bissexuais, que mantêm relações sexuais com pessoas do sexo masculino e femino, e aqueles que se consideram heterossexuais, mas que já tiveram ou às vezes vivenciam experiências com outro homem.
Essa classificação, do ponto de vista da saúde, é muito importante por englobar um grupo amplo, que pode estar se expondo a um determinado tipo de comportamento, risco ou relacionamento.
Confira:
Por que é tão importante para as pessoas tentar se encaixar em uma classificação? Para muitos, existem apenas três categorias possíveis:
Heterosexual: mantém relações sexuais apenas com o sexo oposto;
Homossexual: mantém relações sexuais apenas com o mesmo sexo;
Bissexual: mantém relações sexuais com pessoas de ambos os sexos.
Entretanto, há anos os especialistas vêm mostrando que a questão das experiências sexuais se assemelha muito mais a um gráfico com várias possibilidades no meio do caminho do que a três caixas distantes e isoladas umas das outras.
Na verdade, o que existe é uma espécie de gradação. Existe o indivíduo que nunca teve e nem quer ter uma experiência com alguém do mesmo sexo, em outro extremo tem aquele que só teve experiências com pessoas do mesmo sexo – e, no meio do caminho, há os bissexuais. No meio dessas definições há inúmeras alternativas.