Jairo Bouer Publicado em 13/11/2020, às 13h08
Atividades físicas de intensidade moderada, como andar de bicicleta ou caminhar rápido, podem ajudar a proteger mães que têm emprego dos efeitos negativos do estresse a que elas têm sido submetidas por causa da pandemia.
A conclusão é de um estudo norte-americano que contou com 200 mulheres empregadas por tempo integral com pelo menos um filho pequeno e, em média, 35 anos de idade. Elas preencheram questionários sobre a frequência com que praticavam atividade física e também tiveram seus níveis de qualidade de vida e estresse parental avaliados durante o mês de abril deste ano, quando boa parte dos EUA ainda estava em quarentena.
Os autores do estudo observam que a Covid-19 trouxe um enorme impacto a essas e muitas outras mulheres, que acumularam a função de ajudar os filhos na educação à distância e tiveram que reorganizar toda a rotina de trabalho para não perder o emprego, nem deixar que os filhos menores passassem o dia todo em frente às telas. Esse malabarismo resultou, é claro, em altos níveis de estresse.
Segundo os pesquisadores, porém, as mulheres que conseguiram manter algum nível de atividade física de intensidade moderada relataram menos impactos negativos sobre a qualidade de vida, e menos insatisfação com os relacionamentos, com a vida social e com a vida sexual.
Os dados, publicados no periódico Mental Health and Physical Activity, reforçam a importância de separar algum tempo na agenda para se exercitar, mesmo que um pouco. Ter mais ajuda do parceiro ou de outras pessoas da família para cuidar das crianças também é fundamental para reduzir a sobrecarga imposta à muitas mulheres. Vale lembrar que mães felizes criam filhos mais felizes.
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