Da Redação Publicado em 17/11/2020, às 11h40
O sentimento de solidão durante o período de isolamento social na pandemia não foi um problema enfrentado apenas pelos solteiros, que se viram sozinhos em casa. De acordo com um relatório divulgado pela Ashley Madison, a maior plataforma de relações extraconjugais do mundo, procurar apoio e aconchego dentro de casa também foi um problema, o que acabou por gerar um distanciamento cada vez maior entre os casais e uma busca por traição nos meios digitais.
Entre os usuários entrevistados para a pesquisa, 84% viram a traição como uma forma confiável de autocuidado, 44% se sentiram desejados e amados, 30% se sentiram relaxados e 28% se sentiram confiantes como resultado da relação extraconjugal. Ainda com os efeitos negativos provocados pelo isolamento social, mais da metade dos entrevistados relatou melhora no ânimo como resultado direto da infidelidade.
O aplicativo, que é voltado exclusivamente para pessoas comprometidas em busca de um affair, registrou um aumento significativo de usuários brasileiros desde o dia 1 de janeiro de 2020: foram 1,3 milhão de novos inscritos, o que significa 35 mil novos clientes por semana em busca de casos extraconjugais. Somente no mês de agosto, os brasileiros iniciaram 18,6 mil novos casos no app, o que nos coloca como líderes no ranking dos 20 países com mais inscritos no Ashley Madison.
Os dados da pesquisa foram obtidos entre os meses de março e agosto de 2020, por meio de seis diferentes entrevistas com os membros do aplicativo, resultando em 11.970 respostas.
Segundo o relatório, o aumento na busca por puladas de cerca se deu pela frustração com o convívio intenso em casa. Todas as necessidades ficaram concentradas em uma única pessoa e nem sempre o cônjuge consegue ser também confidente e amigo.
De acordo com Pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, a tendência a terminar um relacionamento por conta de uma traição, ou não, depende do quão ameaçadora para a relação essa infidelidade parece ser. Ou seja: as circunstâncias importam (quem era a outra pessoa, por exemplo), assim como questões individuais (inseguranças, autoestima, experiências passadas etc). Mas a questão do sexo ou do envolvimento emocional não determinam o perdão.
O estudo também mostrou que a qualidade do relacionamento também não pesa tanto na decisão, segundo as entrevistas. Muita gente acredita que um namoro consistente, ou um casamento sólido de verdade não se deixa abalar por uma traição. A questão da culpa também foi variável. Na infidelidade emocional, isso interferiu nas chances de o traído querer terminar ou não. Mas quando há sexo na história, a percepção de homens e mulheres é a mesma: quem se envolve sexualmente sempre vai ser considerado culpado.
Leia sobre o estudo completo aqui.
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