Doutor Jairo
Leia » Celebridade

Marido de Sasha Meneghel fala sobre cyberbullying; como evitar isso?

João fez um desabafo nas redes sociais - Reprodução / Instagram
João fez um desabafo nas redes sociais - Reprodução / Instagram

Redação Publicado em 15/06/2021, às 17h31

Em maio deste ano, Sasha Meneghel, de 22 anos, se casou com João Figueiredo, de 21, e, ao contrário do esperado, o casal recebeu não apenas elogios, como também inúmeras críticas tanto pela pouca idade dos dois quanto pela aparência de João.

Ao comentar sobre o assunto no Twitter, João explicou que tem uma boa autoestima, mas ressaltou que é importante que as pessoas tomem cuidado com o que dizem, pois podem magoar as outras.

Confira:

"Eu sou muito seguro e tá pra nascer alguém que abale minha auto-estima, mas nem todo mundo é assim. Vocês não têm ideia quantas pessoas (principalmente as públicas) têm transtornos psicológicos por conta da comparação", começou ele. "Tem tanta gente que vocês seguem, que já sofreram com transtornos alimentares por serem chamadas de gordas, magras, feias. Ninguém pediu sua opinião, guarde pra você. O que me intriga é o tanto de hipócrita que mete a boca na aparência alheia, e jaja tá fazendo post de setembro amarelo."

Como previnir o cyberbullying?

Os comportamentos descritos por João podem ser caracterizados como cyberbullying: quando uma pessoa ataca a outra repetidamente pela internet. E, segundo um novo estudo divulgado pela Universidade de Córdoba (Espanha) a comunicação familiar pode ter impacto na disseminação de fofocas na internet e no uso excessivo das mídias sociais - dois dos principais fatores de maior influência no cyberbullying.

 Os resultados apontam que uma atmosfera de confiança entre os membros da família é um antídoto para esse tipo de comportamento, reduzindo o risco dos jovens realizarem o uso problemático da internet e se envolverem excessivamente em “fofocas cibernéticas”. 

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), um em cada quatro casos de bullying ocorre no ambiente virtual. Para se ter uma ideia, o problema afeta pelo menos dois estudantes a cada sala de aula nas escolas espanholas. No Brasil, uma pesquisa da entidade mostrou que 37% dos estudantes já foram vítimas de cyberbullying

A solução não é o controle 

Segundo os pesquisadores, quando há diálogo entre pais e filhos, esse contexto permite que os jovens falem espontaneamente, revelando suas próprias ideias, sentimentos e interesses, o que gera muitos efeitos positivos. 

Um clima familiar afetuoso, caloroso e de convívio incentiva a criança a se expressar e revelar emoções, preocupações e problemas. Além disso, estabelecer esse vínculo de confiança favorece a capacidade de enfrentar muitos desafios que o comportamento cibernético implica. 

Entretanto, é importante lembrar que esse ambiente não é construído através de um mecanismo de controle exercido pelos pais, e muito menos com uma abordagem disciplinar rígida.

A intenção é cultivar um clima de confiança e segurança para proteger os filhos dos riscos que os levam a se envolver em fenômenos como cyberbullying, uso excessivo da internet e a "ciberfofoca", provocados por situações sociais que podem ser problemáticas e, em alguns casos, acelerar o surgimento de outros problemas. 

Atenção ao início da adolescência 

O estudo, publicado na Revista Comunicar,  foi realizado com uma grande amostra de alunos do ensino fundamental de escolas públicas e particulares da região de Andaluzia, na Espanha. 

Conforme os pesquisadores, o início da adolescência (12 a 13 anos) corresponde a um  período de evolução crítico. Por um lado, os estudantes correm mais risco e, por outro, é uma fase em que acontece a conexão mais acentuada entre as variáveis estudadas - passar muito tempo navegando nas redes sociais e se envolver em intrigas no ambiente virtual. 

Dessa forma, para os autores, os pais sempre devem estar atentos à qualidade da comunicação com seus filhos e filhas, especialmente nessa faixa etária. É através do diálogo e da relação de confiança que eles podem prevenir que episódios específicos de cyberbullying e o uso excessivo das mídias sociais afetem seriamente esses jovens. 

Veja também: