Redação Publicado em 21/07/2021, às 18h00
As visitas rotineiras – e preventivas – de adolescentes ao médico são oportunidades importantes para promover a saúde sexual, prevenir gravidez indesejada e infecções sexualmente transmissíveis (IST). Porém, segundo um novo estudo da Universidade de Minnesota (Estados Unidos), não é exatamente assim que acontece.
A pesquisa, publicada no periódico Pediatrics, descobriu que a maioria dos jovens e seus respectivos pais consideram essenciais as discussões com profissionais de saúde sobre puberdade, IST, HIV (vírus da imunodeficiência humana) e controle de natalidade. Entretanto, menos de um terço desses adolescentes relatou ter tido conversas sobre tais temas em sua mais recente consulta médica.
De acordo com os pesquisadores, os achados sugerem lacunas entre pais e adolescentes que percebem a importância de discutir assuntos relacionados à saúde sexual nas consultas preventivas, mas que não recebem isso na prática.
Confira:
Com base em dados de uma pesquisa nacional representativa de adolescentes estadunidenses de 11 a 17 anos e seus respectivos pais, as principais descobertas do estudo foram:
Para os pesquisadores, o estudo mostra que os profissionais de saúde – principalmente da atenção primária – perdem com frequência a oportunidade de ter conversas sobre saúde sexual e reprodutiva, particularmente com os adolescentes mais jovens.
Ainda segundo a equipe, os achados diminuem a noção de que os pais possam se opor à iniciativa dos profissionais de saúde de ter discussões sobre esse assunto com os adolescentes. Tanto os pais como os jovens querem que o debate de uma série de temas de saúde sexual e reprodutiva comece no início da adolescência.
Entretanto, os resultados mostram também que conversas sobre saúde sexual e outros temas sensíveis são mais prováveis de acontecer quando o adolescente está sozinho com seu médico, prática pouco frequente entre os jovens do estudo.
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