Redação Publicado em 16/08/2021, às 11h00
Durante o fim de semana, a revista TPM publicou uma entrevista com Titi Müller, em que a apresentadora revela sua separação do músico Tomás Bertoni. Juntos, os dois tiveram um bebê durante a pandemia e viram o casamento ir se desfazendo aos poucos.
“Imagina pegar uma apresentadora de programa de viagem e um músico, que rodava o Brasil inteiro, e trancar em um apartamento, com um bebê, durante uma pandemia. Foi tipo engaiolar bicho solto”, explicou ela. “Quando o Benjamin tinha 20 dias eu voltei a tomar remédio pra dormir, porque sofro de insônia desde a adolescência. Com isso, o Tomás assumiu o turno da madrugada com o Benjamin e eu fiquei com o dia. Virou uma prova de revezamento, a gente praticamente não se via mais, nem dormia mais junto. Ele foi pro quarto de hóspedes logo de cara pra conseguir descansar melhor durante o dia. Os momentos que a gente tinha juntos eram sempre gostosos, mas eram com o Benjamin. Deixamos de ser um casal pra ser um time dividindo esse job exaustivo que é cuidar de um bebê.”
Titi conta que os dois até tentaram fazer terapia de casal, mas nem isso ajudou. “A gente foi ficando cada vez mais distante e começou a discutir por coisas muito pequenas da rotina do Benjamin: o horário que ele tinha que dormir, se a roupa tava adequada pro clima, ficávamos loopando em cima desse tipo de coisa. Chegávamos no pediatra e parecia que estávamos falando de bebês diferentes, tamanha a desconexão. E aí fomos nos perguntando: pra que insistir mais, se não tá legal pra nenhum dos dois? Não sei se é definitivo, mas decidimos nos separar”.
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E a decisão foi tão bem aceita pelos dois que, segundo a apresentadora, após chegarem ao acordo, o casal até transou.
Sinto que estamos fazendo isso num timing bom, preservando a gente e a nossa história. Claro que ninguém se separa feliz, a gente se separa pra buscar a felicidade. Mas não acho que seja sobre largar a toalha, e sim sobre reconhecer nossos limites. Parece que saiu um peso. No dia que a gente decidiu se separar, o alívio foi tão grande que a gente até transou”.
Um estudo publicado no periódico Evolutionary Psychology dá uma ideia do que leva as pessoas a cair na tentação de dormir com o ex. No primeiro experimento, com 212 universitários, a maioria heterossexuais, os pesquisadores ouviram as sensações descritas por homens e mulheres depois do sexo pós-separação. No segundo, com 98 participantes de perfil semelhante ao anterior, a equipe se concentrou nas motivações para o comportamento.
Os entrevistados citaram nada menos que 292 diferentes razões para transar com o ex. Claro que muitas delas eram parecidas, e foi possível resumir tudo em 52 respostas. A mais repetida foi: “sexo é divertido”. A segunda? “Sinto falta de sexo”. A vontade de voltar com o parceiro aparece em terceiro lugar no ranking. É há justificativas bem menos nobres na lista, como “desespero”, “embriaguez”, “estresse”, “é fácil”, “não tem risco de infecção sexualmente transmissível” e até “não tenho a menor ideia por quê”.
Após uma análise mais aprofundada, as motivações foram agrupadas em três guarda-chuvas:
As respostas masculinas penderam mais para o hedonismo, enquanto as mulheres deram justificativas mais emocionais para o comportamento. Para os pesquisadores, os caminhos da evolução humana podem explicar essa tendência de deixar uma porta aberta para o caso de não aparecer outra oportunidade de espalhar seus genes, ou de ter a segurança que uma vida a dois proporciona.
De acordo com o estudo, quem vai para a cama com o ex só para satisfazer uma necessidade sexual tende a se sentir melhor e, talvez por isso, as mulheres são as que mais dizem se arrepender desses reencontros. Claro que os papéis também podem se inverter. Por isso, se você está passando por uma situação desse tipo, é legal refletir um pouco. Se for “só sexo” para os dois, muito bem. Mas, se ainda existe amor ou apego, talvez seja melhor se proteger da tentação.
Já para você que queria ter pelo menos um “ex” para chamar de seu nesse momento, nada de pânico. Se você é capaz de sobreviver sozinho a uma pandemia, você é capaz de enfrentar qualquer coisa.
(Texto extraído da Coluna do Jairo Bouer no UOL, “VivaBem”)
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