Doutor Jairo
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Álcool e energético: por que é perigoso misturar?

Há uma quantidade específica de consumo de álcool recomendada pela OMS - iStock
Há uma quantidade específica de consumo de álcool recomendada pela OMS - iStock

“Doutor, qual o problema de misturar álcool e energético?”

O maior problema de realizar esse tipo de mistura está no fato de que o energético, por ser “docinho” e “gostoso”, acaba mascarando o sabor mais forte de uma bebida alcoólica. Assim, um líquido mais doce, com um gosto mais agradável, tende a levar a pessoa a beber mais do que tinha planejado ou deveria. Esse é um dos principais riscos dessa combinação.

Além disso, outra questão está relacionada à cafeína presente em alguns energéticos. O álcool, em um primeiro momento, tem um efeito estimulante no sistema nervoso central e, logo depois, acaba agindo como uma droga que deprime esse sistema.

A cafeína, por sua vez, provoca o efeito contrário. Ela é um estimulante e, quando a pessoa começa a ficar meio “para baixo” por conta da bebida alcoólica, a cafeína tende a dar uma compensada, levando a pessoa a achar que ela pode beber mais e mais. De qualquer forma, misturar energético com álcool aumenta o risco de um consumo nocivo.

@jairobouer “Bebida e energético: tem problema?” 🍹 #DoseDeResponsabilidade♬ Metamorphosis - Danilo Stankovic

Confira:

Bebida forte vs. bebida fraca: isso existe?

Álcool é álcool, ou seja, independe do tipo de bebida alcoólica consumida. Porém, quando as pessoas falam sobre "bebida forte ou bebida fraca", estão se referindo, na verdade, à concentração de álcool.

Uma latinha de cerveja, por exemplo, equivale a uma dose de destilado que, por sua vez, equivale a uma taça de vinho. Essas doses têm, aproximadamente, a mesma quantidade de álcool, cerca de 10 a 12 gramas.

Logo, se a pessoa vai a uma festa e bebe seis latas de cerveja enquanto o amigo bebe duas doses de destilados, na verdade esta pessoa está consumindo três vezes mais álcool do que o amigo. Embora muitos possam pensar que a cerveja é uma bebida mais fracaé preciso pensar na dose e na equivalência entre as bebidas.

Por isso, é importante saber e respeitar os limites. O que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda é que os homens evitem consumir mais de quatro doses em uma única ocasião enquanto as mulheres evitem consumir mais do que três doses. 

De qualquer forma, é sempre importante lembrar que:

  • Não existe uma quantidade ideal de álcool ou que seja considerada 100% segura para todo mundo; 
  • Os limites são individuais e podem ser diferentes ao longo da vida. Fatores como peso, gênero, quantidade total de álcool ingerida e condições emocionais podem interferir na tolerância à bebida alcoólica.

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Milena Alvarez

Milena Alvarez

Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez