Quando a flora vaginal está desequilibrada, usar o remédio errado pode piorar o quadro
Redação Publicado em 25/03/2023, às 10h00
Você sabe a diferença entre vagina e vulva? Muita gente usa esses termos como sinônimos, mas eles não são.
A vulva é a parte externa e visível do órgão sexual feminino. Ela inclui, por exemplo, o clitóris, os grandes lábios, os pequenos lábios, a abertura da uretra e a abertura da vagina. Já a vagina é a parte interna do órgão sexual feminino.
Explicada essa diferença, é importante dizer que qualquer característica da vulva que mude de aspecto de uma hora para outra merece atenção e cuidado.
Um cheiro diferente, um desconforto, uma coceira ou um corrimento podem sinalizar, entre outras coisas, um quadro de alergia ou até uma infecção. Nesses casos, não dá para perder tempo: é preciso procurar o ginecologista o mais rápido possível para avaliação e tratamento adequados.
Algumas dessas infecções podem ser ocasionadas por microrganismos transmitidos sexualmente, principalmente se a mulher não usou preservativo durante a relação sexual. É o que chamamos de infecção sexualmente transmissível (IST).
Mas mesmo quem nunca fez sexo pode ter infecções. Nesse caso, os microrganismos causadores são aqueles que habitam naturalmente a flora vaginal, como bactérias, fungos e protozoários. Em algumas condições, eles podem se multiplicar em excesso, resultando em infecção e sintomas que podem ser bem desagradáveis.
É comum, principalmente entre mulheres mais jovens, um certo constrangimento em procurar o ginecologista quando algo de diferente é percebido no corpo. Ainda mais se for uma questão que envolve a vulva. Infelizmente, algumas pessoas associam isso a falta de higiene ou de cuidado, e muitas meninas crescem com a ideia de que devem ter vergonha do corpo, mesmo diante de um médico. Mas não precisa ser assim!
Além disso (e também por causa disso), muita gente decide se automedicar para não ter que ir ao consultório. Pega a pomada da mãe, creme da amiga, ou receita caseira que viu na internet e por aí vai.
Além de não resolver o problema, a automedicação pode até agravar um quadro. Se sua flora vaginal está desequilibrada, usar o remédio errado pode complicar a situação. Você perde um tempo precioso de tratamento, e ainda se coloca em risco. Não vale a pena!
De novo: não é preciso ter medo ou vergonha de procurar o médico caso tenha alguma alteração na sua vulva. O ginecologista está preparado para atender a todas as queixas de saúde feminina. É muito importante que toda mulher tenha um profissional com quem se sinta confortável, e que receba todo o suporte necessário, sem julgamentos e com o máximo de acolhimento.
Este conteúdo foi feito em parceria com @oya.care.
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