Redação Publicado em 07/03/2022, às 16h30
Não é difícil escutar a expressão “aquela pessoa tem inteligência emocional”. Mas o que de fato é ser emocionalmente inteligente?.
Inteligência emocional é um termo que a gente usa para avaliar a capacidade/habilidade que o indivíduo tem de lidar bem com as suas emoções”, explica Jairo Bouer durante uma live sobre o BBB 22.
Para simplificar, o que é ser uma pessoa inteligente? Normalmente, utilizamos esse conceito para nos referirmos a uma pessoa que tem um conhecimento bom sobre determinado ou vários assuntos, é bem informada e consegue produzir bons resultados com base nos seus conhecimentos.
Assim, inteligência emocional diz respeito a pessoas que conseguem usar suas experiências de vida, tudo o que já vivenciaram, para produzirem ou administrarem melhor suas emoções. Por exemplo, o indivíduo que é emocionalmente inteligente consegue atravessar uma situação complexa lidando melhor com ela. Entretanto, isso não significa que ele não vá sofrer.
Se a pessoa termina um relacionamento, tem uma perda ou dificuldades no trabalho, ela conseguirá preservar a essência do seu ser, suas emoções, passar de uma maneira mais tranquila por essa fase, ser mais resiliente, lidar melhor com todas as pressões e conseguir um resultado mais positivo do que um indivíduo que não tem uma inteligência emocional tão elaborada”, comenta Jairo.
Em outras palavras, a pessoa com inteligência emocional mapeia melhor a situação, olha para dentro de si e tem recursos emocionais para passar por alguma fase turbulenta de uma maneira um pouco menos complexa.
Durante o bate-papo, muitos internautas apontaram Jessi como uma participante do BBB 22 que não tem inteligência emocional, especialmente por ter seu comportamento marcado por episódios de choro constantes.
Mas será que chorar está relacionado com a falta de inteligência emocional? Ou seja, pessoas que choram muito logo são menos emocionalmente inteligentes?
Não tem nenhuma relação. O choro é uma manifestação e uma forma de lidar com algo que incomoda a pessoa ou que provoca dor ou alguma forma de sofrimento”, esclarece Jairo.
Da mesma forma, uma pessoa que age com muita impulsividade não significa, necessariamente, que não tem inteligência emocional. O psiquiatra explica que ser impulsivo é apenas uma das facetas, o indivíduo pode ser “pavio curto” em certos momentos mas, em outras situações, consegue passar por fases difíceis sem se comprometer tanto.
Confira:
Jairo comentou ainda que, se um participante é emocionalmente inteligente, isso não significa que ele irá criar uma grande empatia com o público, ou seja, se tornar o favorito.
Basta lembrarmos de Gil, do BBB 21. Ele era pavio curto e dava os surtos dele. Ele até tinha inteligência emocional, mas era um cara bem intenso. Se tinha uma coisa que definia o Gil era a sua intensidade. E a Juliette também, falava o que dava na telha e sofria muito. Os dois se tornaram os favoritos rapidamente”, relembra o psiquiatra.
Gil e Juliette oscilavam bastante no quesito das emoções. Na teoria, quem tem inteligência emocional apresenta esses picos de oscilação menores, são pessoas que tendem a uma posição de controle emocional um pouco maior.
Porém, quando se está em um jogo como o BBB, quem oscila menos não é, necessariamente, quem cativa mais a atenção do público, porque este se identifica com as oscilações das emoções e pensa “essa pessoa me representa”.
Talvez, a inteligência emocional te coloque em um lugar mais protegido, mas esse lugar de proteção nem sempre é um local de identificação com o público. O público se identifica com as oscilações, que representam, pelo menos, uma parte ou alguns momentos da vida da gente”, conclui Jairo.