Eslovênia e Lucas se beijaram na segunda semana de programa e formam um dos casais da edição
Redação Publicado em 04/03/2022, às 16h00
A história do BBB é marcada pela formação de casais. Alguns continuam a relação após saírem do programa, como é o caso de Rodrigão e de Adriana, do BBB11, que têm dois filhos e permanecem juntos até hoje. Outros, porém, duram o tempo do confinamento.
Esse ano, Eslovênia e Lucas formam um dos casais da 22ª edição. Juntos desde a segunda semana de programa, quando se beijaram pela primeira vez durante a festa do líder DG, levam uma relação que parece ir além de uma simples “ficada”.
Até casamento fictício rolou. Com o tema “despedida de solteiro”, a festa do líder Lucas foi marcada pela realização da cerimônia, que contou com Tiago Abravanel sendo o cerimonialista e o casal repetindo junto, em tom de brincadeira: “Na alegria, na tristeza, na saúde, na doença… que o BBB não nos separe”.
Mas será que, ao começar um relacionamento dentro de um confinamento, essa relação pode ser favorecida pelo convívio tão próximo?
Segundo Jairo Bouer, sim. E uma forma de explicar como isso acontece é através de uma analogia entre a casa do BBB e o que vivemos nos meses mais críticos da pandemia:
Eu não tenho dúvidas que a história da pandemia mudou os relacionamentos. Por exemplo, no começo, o mundo inteiro observava recordes de separação conforme a pandemia entrava na sua fase mais aguda”, comentou.
Para ele, os casais que vivenciaram um divórcio durante esse período eram casais que estavam juntos e o relacionamento não andava muito bem. Mas como existiam outras distrações, saíam de casa para trabalhar e só ficavam juntos à noite ou aos fins de semana, por exemplo, a situação ia sendo “tocada com a barriga”.
No momento que precisaram ficar juntos em casa o tempo todo, muitos relacionamentos não aguentaram e entraram em crise, resultando nos recordes de separações.
Confira:
Por outro lado, também houve um número muito maior de uniões estáveis, que se intensificaram com a pandemia. Isso está relacionado ao fato de o isolamento social ter obrigado muita gente a fazer novos arranjos e a topar uma relação que, talvez, fora da pandemia, não ocorresse da mesma maneira.
Por exemplo, eu moro em uma casa e a pessoa que eu gosto em outra. Chegou a pandemia e estamos com medo do trabalho, das idas e vindas e de sermos contaminados. Para facilitar as coisas, vamos ficar isolados e morar juntos. Nesse contexto houve um movimento de relações que foram ‘apressadas’ “, explicou Jairo.
Ou seja, a pandemia ofereceu um ambiente em que as pessoas foram quase que obrigadas a repensar suas relações, foi uma situação extraordinária que possibilitou novos arranjos.
Em relação ao BBB, é bem isso que acontece. é possível que Eslô e Lucas não se conhecessem se não fosse o confinamento. Eles se encontraram porque estão os dois ali, não têm para onde correr... Mas tem como dizer se essa relação vai para frente ou não?
Talvez vá. Talvez só funcione igual aconteceu na pandemia, devido à condição que eles estão vivendo e porque estão lá dentro confinados. A partir do momento que começa a flexibilizar, que cada um volta para a sua vida e seu dia a dia, talvez não dê mais certo. O ambiente muda e a relação também pode sofrer alterações”, pontuou Jairo.
O psiquiatra enfatizou ainda que um relacionamento que durou seis meses e termina não é um relacionamento que não deu certo. É um relacionamento que deu certo durante seis meses: “Temos que olhar por esse aspecto também”, finalizou.
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