Redação Publicado em 13/10/2021, às 15h30
“Doutor, tive uma relação sexual e a camisinha estourou. Eu tomo anticoncepcional frequentemente e tomei a pílula do dia seguinte. Quais as chances de engravidar?”
É muito bacana utilizar dois métodos de proteção, ou seja, o anticoncepcional e a camisinha. Porém, não adianta fazer uso do contraceptivo “frequentemente”, ele deve ser tomado todos os dias, de acordo com as orientações do ginecologista e fazendo as pausas indicadas.
Se a mulher faz a combinação de duas formas de proteção corretamente ela, teoricamente, está protegida contra uma gravidez indesejada mesmo que, eventualmente, a camisinha estoure.
Além disso, se a mulher já toma anticoncepcional, é sempre importante conversar com o ginecologista para saber se realmente é preciso utilizar a pílula do dia seguinte. Caso contrário, corre o risco da mulher fazer uma sobrecarga de hormônios, podendo desregular todo o seu ciclo menstrual.
Em relação ao risco de gravidez, tomando o anticoncepcional corretamente – e, nesse caso, tendo usado pílula do dia seguinte também — a mulher não deve estar correndo nenhum risco. Na dúvida, procure seu ginecologista.
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A pílula do dia seguinte é um método de emergência para evitar uma gravidez indesejada em casos de esquecimento ou falha do método contraceptivo convencional. É um recurso importante para situações em que a camisinha estourou, a mulher esqueceu de tomar o anticoncepcional, fez sexo desprotegido ou mesmo em casos de violência sexual.
Confira:
Entretanto, seu uso deve ser exceção e nunca regra. A pílula do dia seguinte tem de seis a 20 vezes a dose hormonal de uma pílula comum. Sendo assim, utilizá-la com frequência pode acarretar efeitos colaterais, como irregularidade menstrual.
O recomendado é que a pílula seja usada apenas uma ou duas vezes no ano, no máximo. Se tomada mensalmente, ela aumenta o risco de problemas, trazendo uma chance mais alta de câncer, se a mulher já tiver essa predisposição, ou risco maior de trombose.
Vale lembrar que a pílula do dia seguinte tem como base o hormônio levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética que, em doses altas, inibe ou adia a ovulação. Assim, para evitar uma possível gravidez, ela deve ser tomada o mais rápido possível, pois sua eficácia diminui de maneira progressiva com o passar do tempo.
O ideal é que ela seja ingerida nas primeiras 12 ou 24 horas após a relação sexual, período que garante maior eficácia, na ordem de 95%. Mas também é possível utilizá-la em até 72 horas após o sexo desprotegido.
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