Redação Publicado em 19/12/2022, às 16h00
"Doutor, tive hoje a segunda relação sexual da minha vida e a camisinha simplesmente ficou perdida dentro de mim. Ele não gozou, mas mesmo assim estou morrendo de medo de dar em algo..."
Se a camisinha ficou solta dentro da vagina, isso significa que a garota ficou desprotegida durante algum período dessa relação sexual.
Em primeiro lugar, Jairo Bouer pergunta se o preservativo foi retirado após a relação. "Se ele ficar lá dentro, pode gerar um risco de infecções", explica.
A dúvida principal é se existe o risco de gravidez na situação relatada. Se a garota estava no período fértil, esse risco existe, embora seja muito pequeno porque o garoto não ejaculou.
Também é importante lembrar que, como a garota ficou algum tempo desprotegida durante a penetração, há o risco de infecção sexualmente transmissível (IST).
Pelos motivos acima, Jairo recomenda conversar com o(a) ginecologista para saber se é o caso de tomar alguma providência ou fazer algum exame.
@jairobouer "Ficou solta" 😱 #jairoresponde#duvida#dicas#jairobouer#curiosidade#saude♬ Ritmo - Official Sound Studio
Para chegar ao óvulo, o espermatozoide precisa estar envolto em um conjunto de líquidos chamado sêmen – ou esperma – e esse fluido deve ser depositado dentro do canal vaginal.
Assim, só há duas maneiras de engravidar: se houver ejaculação dentro da vagina sem nenhum tipo de proteção – sem nenhum método contraceptivo – ou se a mulher ou o homem introduzirem os dedos sujos de sêmen dentro do canal vaginal.
Existe um pequeno risco, ainda, de algum espermatozoide ter escapado no líquido pré-ejaculatório, durante a penetração, caso o homem tenha tido uma relação ou masturbação recente. É por isso que dizemos sempre que coito interrompido não é um método seguro para evitar gravidez.
Uma saída possível em situações desse tipo seria tomar a pílula do dia seguinte. Mas vale lembrar que essa medida, caso escolhida, deve ser providenciada rápido, pois sua eficácia diminui de maneira progressiva com o passar do tempo.
Assim, o ideal é que a pílula do dia seguinte seja tomada nas primeiras 12 ou 24 horas após a relação sexual – período que garante maior eficácia, na ordem de 95%. Mas também é possível utilizá-la em até 72 horas (ou 3 dias) após a relação suspeita. Se tomada depois desse prazo, no quarto ou no quinto dia após a relação, a eficácia diminui bastante, e a mulher deve ficar atenta para o risco de gravidez.