Câncer de mama: como saber se eu tenho?

Em live, Jairo Bouer tirou dúvidas sobre os principais sintomas da doença

Redação Publicado em 27/10/2021, às 17h03

É muito importante que a mulher conheça bem o seu corpo e saiba identificar qualquer alteração na mama - iStock

Doutor, como saber se eu tenho câncer de mama?

Um dos passos mais importantes para se identificar algo de errado na mama precocemente é a mulher conhecer bem o seu corpo. Sentir algum nódulo, alterações na forma da mama ou do mamilo, pele com aparência diferente no seio, ou secreções com sangue, por exemplo, são motivos para ir ao médico.

De qualquer forma, é importante destacar que a maioria dos casos de câncer de mama não tem sintomas nas fases iniciais. A mulher só descobre algo ao fazer os exames, como a mamografia, e aí sim o médico vai investigar a alteração. Por isso é tão importante fazer o controle.

Em geral, as mulheres devem fazer a mamografia a partir dos 40 anos de idade, a não ser quando há casos de câncer de mama na família – aí o exame é indicado a partir dos 25 anos.

E o que é uma calcificação?

São pequenos depósitos de cálcio em algumas áreas do corpo. No caso da mama, a presença de uma calcificação pode ser, em alguns casos, indício de que pode haver alguma lesão tumoral em formação. Vale lembrar que o câncer de mama não é uma, mas um conjunto de diversas doenças diferentes, com características próprias.

Veja as respostas completas:

O que fazer para evitar o câncer de mama? 

Até uma em cada oito mulheres deve enfrentar a doença ao longo de sua vida, e parte considerável da propensão ao câncer de mama envolve o nosso estilo de vida. Veja, a seguir, os principais fatores de risco para desenvolver tumores nessa parte do corpo:

1. Sedentarismo: o ideal é praticar no mínimo meia hora de atividade física de três a quatro vezes por semana.

2. Beber em excesso: é fundamental consumir álcool com moderação (clique aqui para saber como).

3. Cigarro: fumar aumenta o risco desse e de vários outros tipos de câncer (veja aqui dicas para abandonar o tabagismo). 

4. Obesidade: pessoas com excesso de peso são mais propensas à doença, por isso é importante buscar tratamento para mantê-lo sob controle.

5. Idade: embora o câncer de mama possa ocorrer em mulheres mais jovens, a probabilidade é maior a partir dos 40 ou 50 anos. 

Assim, o que você pode fazer no seu dia a dia para diminuir seus riscos? Ter uma dieta mais saudável, não ficar o dia inteiro sem se movimentar, praticar uma atividade física, evitar álcool em excesso e não fumar. 

Mitos e verdades sobre o câncer de mama

Veja, a seguir, a resposta para algumas dúvidas que surgem a partir de informações equivocadas sobre a doença que costumam circular por aí:

1. Câncer de mama só aparece em quem tem caso da doença na família?

MITO – Quando uma pessoa tem um parente próximo, como mãe ou irmã, com a doença, deve fazer um acompanhamento mais próximo com o ginecologista desde cedo. Mas mesmo quem não tem nenhuma história de câncer de mama na família deve ficar atento. Este é o tipo de câncer que mais causa mortes entre mulheres no país.

2. Desodorante causa de câncer de mama?

MITO – Segundo boatos na internet, os sais de alumínio presentes em alguns desodorantes causaria câncer, mas Bouer afirma que isso não procede. Não há nenhuma evidência científica dessa relação.

3. Câncer de mama pode ser causado por algum trauma, alguma batida na mama?

MITO – Não, não tem nada a ver.

4. Usar sutiã apertado causa câncer?

MITO – Não, também não há nenhuma relação entre o sutiã apertado e o risco da doença. 

5. Mulheres que têm muita mágoa têm um risco mais alto de ter câncer de mama?

MITO – Não. Inclusive essa noção de culpabilizar as emoções ou experiências de alguém pelo aparecimento do câncer de mama é algo prejudicial para as mulheres.

6. Fazer autoexame todos os meses substitui a mamografia?

MITO – Não. Fazer o autoexame todos os meses é importante, pois entrar em contato com o corpo é útil para que a mulher possa identificar qualquer alteração o quanto antes. Mas isso não substitui, de forma alguma, a mamografia, indicada a partir dos 40 anos para quem não tem casos da doença na família, e a partir dos 25 anos para as mulheres que têm parentes próximas com câncer de mama.

7. Câncer de mama tem cura?

VERDADE - E quanto antes houver o diagnóstico, maiores as chances. Por isso é tão importante fazer o acompanhamento ginecológico e a mamografia.

8. Amamentar protege a mulher do câncer de mama?

VERDADE - Principalmente se isso ocorrer antes dos 30 anos de idade e se for por um período prolongado. Engravidar várias vezes ao longo da vida também é um fator de proteção, pois tanto na gestação quanto na amamentação a mulher tem menos ciclos menstruais e, portanto, fica menos exposta às oscilações hormonais periódicas.

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