Redação Publicado em 16/11/2022, às 18h00
“Doutor, fui diagnosticado há um tempo com cancro mole no meu pênis. Quando eu não sabia que estava com a doença, mas já tinha alguns sintomas na região genital, emprestei minha garrafinha de água para um amigo beber. Queria saber se posso ter transmitido cancro mole para ele através da minha saliva, mesmo sem ter nenhuma ferida na minha boca. Vale lembrar que também tive relação sexual com a pessoa que me passou a doença, mas no caso não tive nenhuma relação sexual com a pessoa que bebeu a minha garrafinha.”
Cancro mole é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada por uma bactéria conhecida como Haemophilus Ducreyi. Ela provoca algumas lesões que lembram úlceras no pênis e também pode manifestar algum tipo de íngua na região genital.
Normalmente a condição aparece de três a cinco dias depois da relação sexual suspeita e a transmissão de uma pessoa para outra acontece basicamente através do contato sexual íntimo.
Se o indivíduo não apresenta nenhum tipo de lesão na boca e teve um contato muito remoto – ao emprestar a garrafinha a um amigo, por exemplo –, as chances de transmissão são bem improváveis. Pode acontecer? Até pode, mas o risco é muito remoto.
Há alguns casos descritos em que a pessoa põe a mão na lesão sem prestar muita atenção e depois a coloca na mucosa de outro indivíduo. Nesses casos, eventualmente, pode haver transmissão.
Vale lembrar que o cancro mole é uma IST e, portanto, é transmitida pelo contato sexual. Sendo assim, é essencial usar sempre preservativo para garantir a proteção da própria pessoa e daquelas com as quais ela se relaciona. Além disso, se há o aparecimento de qualquer tipo de lesão diferente, procure um profissional de saúde para avaliação e tratamento.
@jairobouer "O que é c@ncr0 m0l3?” 🤔 #jairoresponde#duvida#dicas#jairobouer#curiosidade#saude♬ Aesthetic - Tollan Kim
Muitas pessoas não consideram o sexo oral como “fazer sexo”. Porém, várias IST's têm potencial para serem transmitidas através do sexo oral, incluindo: gonorreia, clamídia, sífilis, herpes e HPV.
Assim, o sexo oral não é uma atividade totalmente livre de riscos e, por isso, é importante comunicar sobre o seu estado de saúde e utilizar os tipos de proteção disponíveis (preservativo feminino ou masculino) na hora da prática.
Confira:
Sim, várias IST's têm cura e outras podem ser controladas. Sífilis, gonorreia, candidíase e tricomoníase, por exemplo, são algumas infecções que, com tratamento adequado, têm cura.
Em contrapartida, ainda não há cura para o HIV (vírus da imunodeficiência humana), embora seja possível reduzir a carga viral para níveis indetectáveis com tratamento antirretroviral. O tratamento para herpes, por exemplo, também não elimina o vírus, mas atua no controle de crises.
De qualquer forma, todas as IST's podem ser tratadas. Por isso, é importante que pessoas com vida sexual ativa façam exames de rotina e, caso seja diagnosticada alguma infecção, sigam o tratamento corretamente, informando a pessoa com quem têm relação.
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