Redação Publicado em 20/06/2021, às 12h00
Estamos caminhando para o “fim” da pandemia – pelo menos, é o que se espera –, o Brasil já iniciou a vacinação e alguns países ao redor do mundo estão voltando aos poucos à vida normal. Porém, todo esse contexto começou há mais de um ano, e aqueles que seguiram o isolamento social não se relacionaram durante esse período.
Assim, surgem muitas dúvidas: Como será que o corpo humano fica quando ele entra na “seca” e vive esse “ano sabático sem sexo”? Uma pessoa que tinha uma vida sexual ativa antes da pandemia, consegue ter uma retomada tranquila?
Do ponto de vista físico, ficar tanto tempo sem fazer sexo não acarreta grandes mudanças no corpo. Nos homens, o esperma sem utilização – isto é, os espermatozoides e todos os líquidos produzidos – acaba sendo reabsorvido e reciclado.
Esse sêmen fica acumulado por pouco tempo, de dias a uma semana, e logo o próprio corpo reconhece a perda da sua viabilidade, as células do sistema imunológico limpam e os componentes são usados para outras funções que acontecem no organismo.
Vale lembrar que essa reciclagem do esperma acontece quando o homem está há muito tempo sem qualquer atividade sexual. Caso ele esteja se masturbando com frequência, o corpo segue o curso normal.
Confira:
E no caso das mulheres, existe mesmo o “virgin again” ( “virgem de novo” em tradução para o português”)? Como é para a anatomia feminina, mesmo depois da perda da virgindade, ficar tanto tempo sem fazer sexo?
Primeiramente, o “virgin again” não existe. Uma vez rompido o hímen, ele não é capaz de se reconstituir. O que acontece é que a vagina é uma espécie de cavidade virtual, o que significa que quando não está sendo usada ou estimulada, ela praticamente deixa de existir e os músculos ficam fechados.
No momento em que a mulher fica excitada, a vagina dilata, se alonga e começa a produzir a lubrificação para facilitar a penetração. Assim, mesmo após meses sem ser utilizada, se a mulher começa a ter desejo sexual e voltar a usá-la, a vagina dispara todos esses mecanismos e retorna a vida sexual normalmente.
O que pode acontecer é que, às vezes, a mulher – por estar há tanto tempo sem relações sexuais – acaba ficando tensa e ansiosa para essa volta, impedindo que ela relaxe. Nessa situação, realmente um desconforto pode aparecer e acabar fazendo com que a retomada seja um pouco mais difícil.
Ficar um longo período sem sexo não muda o corpo, mas sim a cabeça da pessoa. Nos primeiros meses de adaptação ao isolamento social, muita gente estava “subindo pelas paredes” com uma possível inexistência de vida sexual.
Com o avançar da pandemia e a perspectiva de que tudo ia durar um bom tempo, o sexo acabou deixando de ser uma prioridade para muitos indivíduos, eles foram sentindo menos falta, diminuindo a libido e alguns ficaram meses sem pensar muito no assunto.
Por isso, existe um grande número de pessoas preocupadas se conseguirão retomar a vida sexual e sentir tesão novamente. A resposta para essas dúvidas é sim, a partir do momento que voltamos ao jogo, a gente joga.
Ninguém desaprende a fazer sexo e, com tempo, o ritmo vai voltando ao normal. Nessa fase de transição, na qual existe a expectativa do fim da pandemia, as pessoas parecem estar começando a esquentar os seus motores novamente.