Redação Publicado em 07/06/2021, às 18h31
Doutor, como resolver algo mal resolvido com outra pessoa se ela não quer conversar? Já faz um mês.
Isso é muito comum, principalmente em finais de relacionamento. Quando uma relação termina, as pessoas ficam magoadas, chateadas e não querem conversar. Por mais que um tente, o outro põe um bloqueio e não deixa acontecer uma aproximação com objetivo de resolver esse conflito.
Nessas situações, o melhor é ir até determinado ponto e, caso esse limite seja ultrapassado, esperar um pouco. Vale lembrar que é importante deixar claro que está aberto(a) a conversar e espere que o outro tome a atitude quando estiver pronto para solucionar o desentendimento.
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Um estudo da Universidade de Rochester (Estados Unidos) sugere que pessoas com certos traços psicológicos, que podem ser exercitados, tendem a ter relacionamentos mais saudáveis e duradouros. Isso vale tanto para a vida a dois, quanto para a relação entre pais e filhos.
Após analisarem os resultados de 174 estudos, um grupo de pesquisadores chegou à conclusão de que flexibilidade e atenção ao momento presente são características importantes para os relacionamentos conjugais e familiares.
A definição de flexibilidade psicológica, segundo os autores do estudo, envolve as seguintes habilidades individuais:
– ser aberto a experiências, tanto positivas quanto negativas;
– prestar atenção no momento presente;
– não se apegar a pensamentos ou emoções de maneira obsessiva;
– saber colocar as coisas em perspectiva, mesmo nos momentos difíceis;
– aprender a se manter fiel a seus valores mais profundos, mesmo nos dias mais caóticos ou estressantes;
– continuar lutando pelos seus objetivos, mesmo depois de enfrentar obstáculos ou retrocessos.
Dessa forma, pessoas inflexíveis se comportam de maneira oposta: tentam a fugir de emoções ou pensamentos negativos; estão sempre distraídos; acabam presos em pensamentos ou emoções difíceis, perdem noção de suas prioridades quando estão estressados; têm vergonha ou medo de serem julgadas por pensamentos ou emoções; e tendem a abandonar seus objetivos diante dos obstáculos.
Confira:
A equipe descobriu que indivíduos mais flexíveis tendem a ter mais satisfação em seus relacionamentos românticos, inclusive em relação ao sexo. Além disso, tendem a ter menos conflitos, a se envolver menos em agressões e a sofrer menos com ansiedade de apego ou aversão ao apego.
Em relação aos relacionamentos familiares, a flexibilidade psicológica foi associada a estratégias parentais mais adaptativas, menores níveis de estresse parental, maior coesão familiar e menor estresse entre as crianças.