Redação Publicado em 04/03/2023, às 16h00
Um recado importante para todas as jovens: cuidado com as informações que você obtém nas redes sociais, com influenciadores digitais, acerca de diversos assuntos, como a prevenção da gravidez. Um estudo feito nos EUA analisou 50 vlogs de influenciadoras que falavam sobre prevenção de gravidez e concluiu que existe uma forte tendência, entre elas, a encorajar o uso de métodos naturais em detrimento dos métodos hormonais.
Esses métodos naturais teriam menos impactos à saúde, inclusive a saúde mental, segundo essas influenciadoras. Mas a verdade é que isso é um mito. Não existe uma correlação entre o uso de contraceptivos hormonais e piora da saúde mental, como depressão ou ansiedade.
Segundo ponto: esses métodos naturais podem funcionar para algumas pessoas, mas demandam muito mais atenção e disciplina – por exemplo, é preciso controlar a temperatura corporal basal todos os dias, calcular o período fértil, monitorar seu muco cervical etc. São vários fatores que exigem cuidado, e nem todo mundo consegue seguir essa disciplina no dia a dia.
As influenciadoras exercem um papel muito importante ao trazer à tona suas opiniões e experiências. Mas quem recebe esse conteúdo deve sempre checar se aquela informação é verdadeira, de preferência com seus médicos. Por estarem mais próximas da realidade emocional das meninas, essas influenciadoras têm impacto nas atitudes das seguidoras, às vezes até mais do que algumas celebridades ou autoridades da área de saúde. Portanto, tenha cuidado ao processar essas informações compartilhadas nas redes sociais!
Um método natural de prevenção de gravidez pode, em teoria, trazer um risco maior de falha, ou seja, de uma gravidez indesejada, se todos os aspectos envolvidos não forem bem controlados. Por isso é fundamental discutir tudo isso com um profissional de saúde, de preferência com o(a) ginecologista, e conversar sobre todos os métodos contraceptivos antes de escolher um deles.
O Brasil ainda tem níveis muito preocupantes de gravidez indesejada, principalmente entre as meninas mais vulneráveis do ponto de vista socioeconômico. Por isso é importante que todo mundo trabalhe junto, influenciadoras, profissionais de saúde, Ministério da Saúde etc, para mudar a realidade do país.
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