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Corrimento antes da primeira menstruação: pode acontecer?

A lubrificação vaginal deve ser incolor, sem cheiro e não provocar nenhum desconforto - iStock
A lubrificação vaginal deve ser incolor, sem cheiro e não provocar nenhum desconforto - iStock

Redação Publicado em 17/10/2021, às 10h00

“Doutor, estou com um corrimento. Ele cheira um pouco estranho e eu ainda não menstruei e nem fiz sexo. Tenho apenas 14 anos. Devo ir ao ginecologista?”

Essa é uma dúvida muito importante porque mostra que, muitas vezes, as meninas podem ter corrimentos e infecções na vagina mesmo sem terem iniciado a vida sexual ou menstruado. Mas por que isso acontece? 

O corpo abriga uma série de micro-organismos, como bactérias, fungos e vírus, que podem ganhar força e espaço, provocando uma infecção ou corrimento

Em casos como esse, é importante procurar a ajuda de ginecologistas para um diagnóstico adequado e para que sejam dadas as orientações necessárias para tratar o corrimento.  

@jairobouer

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Quando a lubrificação vira corrimento?

Toda mulher tem lubrificação vaginal diariamente e isso pode variar de mulher para mulher, de dia para dia e também depender das diversas fases do ciclo menstrual – no período fértil, por exemplo, ela aparece em maiores quantidades.  

Normalmente, a lubrificação apresenta um aspecto parecido com clara de ovo e uma aparência límpida, transparente, incolor, sem cheiro e que não provoca nenhum desconforto ou coceira. Esse tipo de secreção é natural e faz parte do funcionamento normal do corpo feminino.

Confira:

Entretanto, em algumas fases da vida da mulher, essa lubrificação vaginal natural pode, eventualmente, passar a apresentar algumas alterações que acabam caracterizando o que chamamos de corrimento. São elas: 

  • Mudanças na cor (a secreção fica esbranquiçada, amarelada, acinzentada ou marrom);
  • Mudanças no aspecto (fica mais líquida, consistente ou com aspecto de coalhada);
  • Mudança na quantidade (é preciso trocar a calcinha o tempo todo ou usar protetor);
  • Mudanças no cheiro (o odor fica forte ou ruim);
  •  Se acompanha coceira, ardência ou algum outro tipo de desconforto.

Tudo isso sinaliza que algo pode não estar funcionando como deveria. Nesses casos, o ideal é buscar ajuda ginecológica

Como evitar o corrimento?

Conheça algumas dicas simples que podem ajudar a evitar o corrimento

  1. Evite ficar com o biquíni molhado por muito tempo. Troque a peça úmida por uma seca sempre que possível ao longo do dia;
  2. Fique de olho em tecidos sintéticos. Eles costumam deixar a região íntima mais abafada, então o uso deles por períodos prolongados pode aumentar o risco de proliferação de fungos e bactérias;
  3. Aposte em roupas leves e ventiladas. Saias, vestidos e calcinhas de algodão são melhores para não deixar a vulva úmida;
  4. Cuide bem da sua higiene íntima, especialmente após ir ao banheiro ou fazer sexo. O uso do papel higiênico nem sempre é eficiente, prefira a ducha higiênica ou lenços umedecidos;
  5. Durante o período menstrual, redobre a atenção com o absorvente e faça a troca dele com maior frequência, por conta do suor;
  6. Lave a calcinha com sabão neutro e coloque-as para secar no sol. Evite deixar a roupa íntima secando no banheiro para que não haja proliferação de bactérias;
  7. Evite compartilhar peças íntimas e até mesmo toalhas e sabonetes;
  8. Cuide da sua imunidade: a quebra da rotina, com uma alimentação ruim e consumo de bebidas alcoólicas pode deixar o organismo mais vulnerável, facilitando a proliferação de fungos e bactérias;
  9. Cuidado com a piscina: verifique se a água é tratada adequadamente e com frequência;
  10. Não sente direto na areia: coloque sempre uma canga para se proteger ou prefira as cadeiras. A areia pode causar alergias e até mesmo facilitar o aparecimento de doenças em algumas mulheres.

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