A terapia com antirretrovirais tornou isso possível, mas é importante esclarecer o assunto
Tatiana Pronin Publicado em 02/12/2022, às 13h00
Este é uma pergunta importante sobre HIV, respondida pelo médico Jairo Bouer numa live esta semana, por conta do Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
Com os esquemas terapêuticos que existem hoje em dia, com a combinação de antirretrovirais, após alguns meses é possível para muitos pacientes eliminar o vírus que está circulando no organismo. Se a pessoa faz um exame de carga viral, o resultado é “indetectável”, pois existe um nível mínimo que o teste consegue detectar.
Se o vírus deixa de circular no sangue, ele não pode ser transmitido. Ou seja: pessoas tratadas não transmitem o vírus, e isso é fundamental quando se pensa em prevenção do HIV. Se todas as pessoas com o vírus soubessem do seu status, seguissem o tratamento e fizessem o controle, não haveria novos casos de infecção.
Mas ter uma carga viral indetectável não significa que 100% do HIV foi eliminado. Portanto, não se pode dizer que essa pessoa está curada. Os vírus restantes ficam escondidos, ou seja, adormecidos, em locais que chamamos de “reservatórios”. Se a pessoa deixa de tomar o remédio, ele pode voltar a se multiplicar e a circular, e a transmissão volta a ser possível.
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