Garanta que você não esteja cultivando focos de água parada
Dr. Jairo Bouer Publicado em 08/06/2024, às 18h00
Hoje, 4 bilhões de pessoas ao redor do mundo correm o risco de infecção pelos mosquitos do gênero Aedes, segundo a Organização Mundial da Saúde. Este mosquito já pode ser encontrado até nos Andes e nas montanhas do Nepal.
O Aedes aegypti, junto com o Aedes albopictus, transmitem doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela em áreas urbanas, todas elas causadas por vírus do gênero “arbovírus”.
Ao picar uma pessoa infectada, esses mosquitos, que se alimentam de sangue, podem transmitir o vírus para outras pessoas.
Ainda segundo a OMS, outro bilhão de pessoas pode ficar exposta nas próximas décadas aos mosquitos causadores de arboviroses por fatores como adaptação do mosquito a grandes atitudes e a áreas urbanas, além das mudanças climáticas, como o aquecimento global e aumento da chuva, que facilitam a proliferação de insetos.
No Brasil, a epidemia de dengue este ano alcançou os quatro cantos do país. Casos de dengue que eram incomuns na Região Sul, por exemplo, aumentaram de forma importante, e em 2024, quase 15% das infecções prováveis e 19% das mortes confirmadas por dengue aconteceram nessa região.
Por isso, não dá para baixar a guarda. Mesmo no Outono e no Inverno, faça a sua parte e garanta que você esteja cuidado de focos de água parada em que os mosquitos podem se reproduzir.
Se você ou alguém da sua família fazem parte de uma população mais vulnerável aos casos mais graves de dengue, redobre os cuidados. E tente, também, se conscientizar sobre qual o seu papel nas mudanças climáticas que estão acontecendo em todo o planeta. Se a gente não reverter essa tendência, vai ficar cada vez mais difícil lidar com esses vetores de doenças virais.
Este conteúdo é uma parceria com Estadão/Exposis.
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