Estudo reforça eficácia da vacinação contra o HPV

Escócia não detectou nenhum caso de câncer cervical entre mulheres imunizadas

Dr. Jairo Bouer Publicado em 26/02/2024, às 14h30

O estudo também destaca a importância de se vacinar antes do início do contato sexual - iStock

Um novo estudo realizado na Escócia mostrou o impacto que as vacinas contra o HPV (papilomavírus humano) tem na saúde das pessoas.

O país não detectou nenhum caso de câncer cervical em mulheres nascidas entre 1988 e 1996, que foram totalmente vacinadas contra o HPV quando tinham entre 12 e 13 anos.

O resultado provou que a vacina é extremamente eficaz e destaca a importância de se trabalhar para aumentar a aceitação da vacina contra o HPV.

A Escócia introduziu a imunização nas escolas em 2008 e quase 90% dos alunos receberam pelo menos uma dose da vacina.

Nos EUA, onde as vacinas contra o HPV não são administradas na escola, a adesão de adolescentes é pouco maior que 60%. No Brasil, a cobertura vacinal está abaixo de 80% para as meninas e menor que 60% para os meninos.

O estudo também destaca a importância do momento da vacinação. As meninas que não desenvolveram câncer foram vacinadas antes de se tornarem sexualmente ativas, como recomendam os especialistas.

As mulheres que receberam o protocolo de três doses quando tinham entre 14 e 22 anos também se beneficiaram significativamente.

Este conteúdo é uma parceria com BNews

 

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