Fizemos sexo intenso e ele ficou com uma ferida no pênis; e agora?

“Doutor, meu namorado está com um pequeno ferimento na glande devido a uma relação sexual mais intensa. Há vários dias ele está passando uma pomada, mas não está resolvendo. Ele está bastante preocupado, mas tem medo de ir ao urologista, provavelmente por vergonha. O que você recomendaria?”

Em primeiro lugar, não devemos ter vergonha de ir ao médico. Toda vez que começamos a fazer sexo, é importante entender que, em algum momento, precisaremos procurar ajuda de um profissional para saber como está nossa vida sexual e a nossa saúde. 

Assim, se apareceu uma lesão, está causando incômodo e ela não desaparece em dois ou três dias, antes mesmo de passar qualquer medicamento, é essencial procurar o médico para realizar os exames necessários, fazer o diagnóstico adequado e o tratamento correto. 

Às vezes, o homem está com uma infecção e aplica um medicamento que diminui a resposta imunológica do local ou, em outros casos, não é uma infecção, mas ele está usando um antibiótico que acaba provocando alergia, piorando ainda mais o quadro.

Por isso, é muito importante ir ao médico. Não precisa ter vergonha, ele está lá para examinar e foi treinado para fazer essa função. Além disso, uma lesão no pênis que não melhora pode ser até uma infecção sexualmente transmissível (IST) e, nessa situação, é essencial buscar ajuda. 

O sexo também pode machucar

Sexo é bom, claro, mas alguns movimentos errados podem causar dor e dar um fim para o “rala e rola” na hora. Além do caso descrito na primeira parte deste texto, existem diversas outras formas de se machucar durante a relação sexual.

Assim, o melhor é ir com calma e não abusar dos limites para evitar lesões sexuais comuns e outras mais perigosas. Confira a seguir os problemas mais comuns:

1. Fissuras na vagina ou no ânus

Sexo "selvagem" ou o uso de objetos (como um vibrador) pode causar pequenas fissuras no tecido sensível dentro da vagina ou do ânus. E isso pode causar dor, incômodo e sangramento. Se for o caso, o médico pode prescrever um creme analgésico. Se estiver machucado, não coloque nada dentro da vagina ou no ânus até que a área cicatrize. Use um lubrificante sempre que fizer sexo para evitar lesões no futuro.

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2. Distensão muscular

Não tem jeito, qualquer atividade na qual fazemos o mesmo movimento repetidamente - como durante o sexo – pode resultar na distensão de algum músculo ou tendão. Torcer o corpo com muita força pode forçar os músculos da barriga ou das costas, por exemplo. Durante um orgasmo, as coxas ficam naturalmente tensas e é possível que fiquem doloridas depois. Porém, a dor deve diminuir em um ou dois dias. Se isso não ocorrer, pode ser sinal de uma lesão real que precisa de cuidados médicos.

3. Objetos estranhos

Alguns casais gostam de variar e de usar brinquedos sexuais, como vibradores, consolos, contas ou plugues anais para aumentar o prazer. Mas outros podem optar por itens domésticos, como pepino ou escova de dentes elétrica. Nesse caso, é preciso tomar cuidado para que o objeto escolhido tenha uma base larga o suficiente para não ficar preso lá dentro, ou será necessário ir ao pronto-socorro para removê-lo.

4. Infecção do trato urinário

As bactérias normalmente vivem fora da vagina, porém, durante a transa, pênis, dedo ou brinquedo sexual podem levar esses germes facilmente para a uretra. Os sinais de uma infecção no trato urinário, ou cistite, incluem queimação ao urinar e sangue na urina. Para evitá-la, urine logo após fazer sexo para eliminar qualquer bactéria. Se mesmo assim a infecção surgir, não demore para procurar o médico.

5. Ardência genital

Sentir a vagina ou o pênis "queimando" nunca é normal – durante o sexo ou em outros momentos. Muitos problemas podem causar essa sensação. Nas mulheres, pode ocorrer devido à secura vaginal decorrente dos baixos níveis de estrogênio na fase da menopausa. Lesão, infecção ou falta de lubrificação também podem causar queimação ou dor em qualquer um dos parceiros. Sentir esse ardor de vez em quando provavelmente não é motivo para preocupação, mas se isso se tornar comum ou muito intenso, é melhor consultar um médico.

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