Redação Publicado em 12/06/2021, às 14h00
Durante a pandemia, as crianças e os adolescentes passaram a conviver mais com os pais em casa. O problema é que, em decorrência do isolamento social e até do estresse gerado pela Covid-19, muitos adultos também começaram a beber mais em casa, e diante dos mais jovens.
“A primeira questão muito importante da gente lembrar é a seguinte: apesar de as pessoas estarem mais ansiosas, mais tensas e preocupadas por conta da pandemia, elas têm de tomar muito cuidado para que o padrão de consumo de bebida alcóolica não aumente em função dessa questão emocional”, explica Jairo Bouer. “A gente já disse várias vezes, aqui, que beber para aliviar emoções negativas nunca é a melhor estratégia”.
O médico ressalta que esse tipo de comportamento aumenta o risco de as pessoas migrarem para um padrão mais complicado de ingestão de álcool, como uso abusivo ou dependência.
Confira:
Além disso, Jairo destaca: “As pessoas estão bebendo mais em casa, então é muito importante que elas também percebam que essa ausência de controle externo não significa que elas estão liberadas para fazer o que bem entenderem”. A dica é notar que, apesar de estar em casa, elas ainda precisam ser responsáveis!
Também é legal lembrar que, como as crianças e adolescentes estão mais próximos dos pais, é preciso tomar cuidado com o exemplo que se dá. “Se eles enxergam que os pais estão ansiosos e bebendo mais para aliviar o estresse, essa mensagem pode, de alguma forma, vir a impactar e influenciar a relação das crianças com o álcool no futuro”, explica Jairo.
Por fim, o médico diz que os pais também devem conversar com os filhos sobre a importância de não beber antes dos 18 anos de idade e de que isso seja feito de forma moderada e responsável quando eventualmente a bebida for liberada.
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