Jairo Bouer explica as condutas que uma mulher precisa ter após vivenciar esse tipo de situação
Redação Publicado em 11/10/2022, às 21h00
“Doutor, fiz sexo com meu marido e ele ejaculou duas vezes. No dia seguinte, fui forçada a ter relação com outro cara, ele não ejaculou, mas não teve proteção. Posso engravidar de qualquer um dos dois?”
Essa pergunta traz diversas camadas que precisam ser discutidas. Em primeiro lugar, ser forçada a ter uma relação sexual com alguém é ser vítima de violência sexual. Situações como essa exigem algumas condutas importantes, especialmente procurar um serviço de saúde o mais rápido possível já que, ao transar sem proteção, a mulher fica exposta a Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Do ponto de vista da saúde mental também é essencial que ela procure um suporte psicológico para atravessar essa experiência de uma maneira mais amparada. Além de tudo isso, o caso precisa ser denunciado.
Muitas vezes, a vítima de violência sexual, por conta do trauma, do medo e da dificuldade de lidar com a situação, fica paralizada. Ou seja, não conta para ninguém e sozinha é muito mais difícil tomar todas essas decisões citadas acima devido ao forte impacto emocional provocado por uma vivência como essa.
Em relação à preocupação com o risco de gravidez e com a paternidade, é muito mais provável, caso a mulher estivesse no período fértil, que a gestação fosse resultado da relação com o parceiro estável, já que houve ejaculação.
No caso do episódio da violência sexual, não houve ejaculação – mas também não teve proteção – e, em teoria, existe um risco, embora ele seja extremamente pequeno.
Confira:
A violência não é caracterizada apenas por agressões físicas ou sexuais, podendo existir também no âmbito psicológico, moral e patrimonial. Veja sinais comuns de violência contra a mulher:
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