O tratamento contra o vírus evoluiu muito nos últimos anos e atualmente não é só a camisinha que oferece proteção
Milena Alvarez Publicado em 12/12/2022, às 15h00
Durante muito tempo, “batemos na tecla” de que a camisinha é a única forma de prevenção ao HIV (vírus da imunodeficiência humana). Essa ideia foi verdade durante os primeiros anos da pandemia, nos quais não tínhamos acesso a muitos recursos. Porém, atualmente se utilizam as chamadas estratégias combinadas:
A gente sabe que algumas pessoas vão usar camisinha regularmente, outras têm uma resistência maior de utilizar o preservativo. Para elas, temos outras estratégias de prevenção combinada que são a PrEP, PEP, o tratamento das pessoas que vivem com o vírus, bem como as testagens e o acompanhamento regular com um profissional de saúde. Isso tudo ajuda muito a reduzir os novos casos de infecção pelo HIV”, explicou Jairo Bouer durante uma live sobre o tema em parceria com o Vida V.
A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) é utilizada antes do ato sexual sem preservativo. A pessoa toma uma combinação de medicamentos antirretrovirais diariamente, que vão se concentrar no organismo e, caso ocorra exposição ao vírus HIV, a substância farmacologicamente ativa no sangue impedirá a instalação da infecção.
Já a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) é um medicamento de urgência, ou seja, caso a pessoa tenha se exposto ao risco de ter contraído o HIV, ela deve se dirigir a um serviço de saúde especializado e solicitar os medicamentos da profilaxia pós-exposição. Lembrando que, por se tratar de urgência, o paciente tem até 72 horas após a exposição para iniciar o tratamento, que é feito também com medicamentos e dura 28 dias.
PEP funciona mais ou menos como a pílula do dia seguinte no caso de risco de gravidez. A pessoa que teve uma relação sexual sem camisinha, não usa nenhum método contraceptivo e acha que pode ter engravidado tem até 72 horas para tomar o medicamento para evitar uma gestação indesejada. Na PEP, grosso modo, funciona de forma semelhante, ou seja, é um método de emergência para evitar um risco de infecção pelo vírus do HIV", comentou Jairo.
Confira:
Os novos protocolos de solicitação dos dois métodos permitem que as pessoas cheguem à Unidade Básica de Saúde (UBS) e contem o que aconteceu. Algumas já estão autorizadas a fornecer a PrEP ou a PEP, enquanto outras são orientadas a encaminhar o paciente para um serviço especializado (dependendo da cidade). Mas, de qualquer maneira, as duas tecnologias estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Vale lembrar que, no caso da PEP, esse processo deve ser rápido, porque o método precisa ser utilizado em até 72 horas após a relação suspeita. Já em relação à PrEP, provavelmente serão solicitados exames.
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