Em alguns anos, com proporção maior de pessoas vacinadas, o resultado será melhor
Dr. Jairo Bouer Publicado em 30/05/2024, às 14h00
A chegada de uma nova vacina mais eficaz e segura contra a dengue, e que pode ser utilizada dos 4 aos 60 anos de idade (faixa etária que foi avaliada nas pesquisas), traz uma camada adicional de proteção contra a doença.
A vacina não é uma solução imediata para a epidemia de dengue, como foi o caso da vacinação em massa contra a Covid-19, já que o ritmo de produção do imunizante e sua disponibilização para a população será bem mais lento.
Os efeitos dessa proteção serão graduais e, em alguns anos, com uma proporção maior de pessoas vacinadas, o resultado será bem mais impactante. Enquanto isso, por aqui, o foco segue no combate ao mosquito.
No Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde) está disponibilizando a vacina para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, pelo maior risco de hospitalização enfrentado pelos jovens nessa faixa de idade. Apesar da importância do imunizante, a cobertura vacinal tem sido baixa.
Em meados de abril, o Ministério da Saúde liberou a vacina, em caráter excepcional, preferencialmente para jovens de 6 a 16 anos, e também para as demais faixas etárias em que a vacina está autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Isso apenas para as vacinas com prazo de validade perto de vencer. A decisão de que faixa etária imunizar fica a cargo dos municípios. O Ministério está garantindo a segunda dose para todo mundo que se vacinar.
Este conteúdo é uma parceria com Estadão e Exposis.
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