Redação Publicado em 21/10/2021, às 18h00
“Doutor, a masturbação virou um vício e não é mais um prazer; o que fazer?”
Essa pergunta é muito interessante, porque ela traz um aspecto diferente daqueles que a gente costuma discutir quando falamos de masturbação.
Geralmente, quando abordamos esse assunto, dizemos que a masturbação não tem nenhum grande efeito colateral ou impacto para a saúde e para a vida sexual de homens e mulheres. Afinal, boa parte das discussões sobre o tema tem muita relação com tabus, preconceitos e estigmas.
Porém, como tudo na vida, há a necessidade de equilíbrio. O mesmo serve para a masturbação. Se um indivíduo está se masturbando em excesso e a prática acabou virando um “vício”, ela pode sim afetar a vida de alguma maneira.
Ou seja, a frequência na qual uma pessoa se masturba começa a incomodar e a impactar as suas ações cotidianas, os relacionamentos e a sensação de bem-estar.
Confira:
Muitas vezes, quando uma pessoa percebe que a masturbação virou um "vício", ela pode partir para a decisão de parar completamente com a prática na tentativa de resolver logo a situação. Esse é um caminho mas, em geral, o que vemos é que as pessoas não aguentam se comprometer com esse tipo de posicionamento por muito tempo.
O mais viável é que o indivíduo aprenda a se controlar. Ou seja, se ele passou – ou está passando – do limite, está exagerando, não está mais feliz com isso e a masturbação está gerando mais preocupação do que prazer, é um sinal de que é necessário moderar.
Assim, a recomendação é, em vez de tentar uma radicalização e não se masturbar mais, aprender a lidar melhor com o próprio desejo e os estímulos que levam a esse prazer – como é o caso da pornografia. Se a pessoa estiver enfrentando dificuldades para controlar sozinha, uma boa alternativa é procurar a ajuda de um profissional de saúde mental.