Redação Publicado em 16/11/2022, às 14h00
“Doutor, vejo pornografia e me masturbo até cinco vezes ao dia todos os dias. Como me controlar?”
Se a frequência da masturbação está incomodando e impactando a rotina, é sinal de que é preciso rever o que está acontecendo. Em primeiro lugar, não existe um limite. Muitas pessoas costumam perguntar se existe uma quantidade máxima de vezes que um indivíduo pode se masturbar. Mas, normalmente, costumamos dizer que não.
O limite é o desconforto, a dor que a pessoa possa eventualmente sentir se ela exagerar muito, ou se a frequência da masturbação estiver atrapalhando a sua rotina ou outras atividades durante o dia.
Além disso, da mesma forma como não há um máximo, também não existe um mínimo. Se o indivíduo quiser se masturbar uma vez por semana ou uma vez por mês, e se sente confortável com isso, não há nenhum problema.
É importante lembrar ainda que a frequência da masturbação pode mudar em diferentes fases da vida. Há fases em que temos mais estímulos, animação e, consequentemente, podemos ter uma vontade maior de se masturbar. Em contrapartida, há períodos em que temos menos interesse no assunto.
Confira:
Se um padrão de comportamento está atrapalhando, faz com que a pessoa se sinta obrigada a segui-lo, sente que tem algo faltando ou não consegue se concentrar, por exemplo, são sinais de que o hábito pode estar impactando a vida. Por isso, seria importante entender quais são as motivações e pensar em alternativas.
Se a masturbação cinco vezes ao dia, todos os dias da semana, é um padrão que incomoda, é essencial rever isso. Será que diminuir a frequência ou espaçar os dias não seria um primeiro passo? Já em relação à pornografia, uma opção seria reduzir e limitar um pouco esse consumo.
De alguma forma, o indivíduo atrelou a pornografia à masturbação e isso está impactando a sua vida de maneira que é preciso procurar dissociar essas questões. Masturbar-se sem pornografia ou ficar alguns dias longe do celular, por exemplo, pode ajudar.
Estabelecer limites e fazer reestruturações é fundamental para reverter essas associações e tentar diminuir a frequência. Se a pessoa não conseguir alcançar esse objetivo sozinha, vale procurar um especialista para entender o porquê desse padrão tão alto. Ele pode ser causado por ansiedade, dificuldades na vida ou estresse, por exemplo.