Meu filho disse que é bissexual e não sei o que fazer; e agora?

Seguidora conta que viu uma troca de mensagens do filho com os amigos e diz precisar de orientação

Redação Publicado em 05/07/2022, às 19h00

Em situações como essa, pais e responsáveis devem acolher em vez de julgar - Arte

“Meu filho tem trocado mensagens com amigos e li que ele se considera bissexual. Fiquei bem perdida, sem saber como proceder, e admito que preciso de orientação. O que eu faço?”

Essa é uma situação muito comum entre adolescentes nos dias atuais. Muitos se consideram bissexuais ou se permitem experimentar ou pensar mais antes de uma definição sobre a orientação sexual.

Diferente das outras gerações que estavam mais presas a “caixinhas” e a “rótulos” – hétero, gay ou bissexual, por exemplo –, essa atual geração tem uma flexibilidade maior quando o assunto é sexualidade.  

O jovem pode estar trocando mensagens com os amigos dizendo que é bissexual mas, na verdade, ainda não ter essa experiência ou condições de se afirmar como isso ou como aquilo. 

Assim, seria importante que esse adolescente tivesse tempo, maturidade e criasse situações para que pudesse entender melhor tudo o que está acontecendo com a sua própria sexualidade. Não é incomum que eles afirmem ter uma orientação sem, muitas vezes, terem uma vivência mais íntima com alguém do mesmo sexo ou de outro. 

Confira:

O mais importante é ter diálogo

É importante lembrar que a adolescência é uma fase de experimentações, que as gerações atuais se permitem mais e que possuem uma fluidez bem maior. 

A orientação sexual pode mudar durante a vida, ou seja, o indivíduo pode se considerar heterossexual na adolescência e depois, com mais experiência, acabar mudando a forma como enxerga a própria orientação sexual. 

É compreensível que os pais não saibam como lidar bem com toda essa fluidez das novas gerações. Em situações como essa, o mais importante é conversar com o jovem, estabelecer canais de comunicação para poder dialogar e mostrar que você está presente para ouvir.

Além disso, outra alternativa é procurar a ajuda de um profissional de saúde mental ou conversar com amizades que passaram por situação semelhante para se tranquilizar. 

Mais uma vez, vale lembrar que é uma fase de experimentação e de descobertas. Assim, o ideal é que os responsáveis acompanhem os filhos durante esse período, mas sem qualquer tipo de invasão: sem pressionar, julgar ou classificar. É muito mais sobre estar ali para conversar e dar acolhimento.

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