Meus filhos pequenos não largam o celular; o que fazer?

Jairo Bouer dá algumas dicas de como lidar com o uso excessivo das telas por crianças e adolescentes

Redação Publicado em 26/07/2022, às 21h00

Segundo a Organização da Saúde (OMS), as telas não são recomendadas para menores de dois anos - Arte

“Doutor, meu filhos pequenos não largam o celular e o tablet. Culpa minha que dei acesso muito cedo. O que eu faço agora?”

Essa é uma realidade vivenciada por muitos pais: o forte apego de crianças e jovens com as telas em geral. Embora possa parecer muito tentador introduzi-las na vida dos pequenos desde muito cedo, já que eles ficam entretidos com esse tipo de estímulo, isso pode provocar alguns “efeitos colaterais”, como problemas de sono, de concentração e piora no desempenho escolar.

De forma geral, apesar de não existir um consenso sobre o assunto, a maior parte dos especialistas recomenda que quanto menor a exposição às telas melhor para a saúde dos jovens, especialmente dos bebês e das crianças menores.

Segundo a Organização da Saúde (OMS), as telas não são recomendadas para menores de dois anos. As crianças de dois a cinco anos podem ter acesso a uma hora ou menos; já para as com mais de seis anos não há nenhum dado concreto, mas deve-se incentivar o uso saudável das tecnologias.

Por isso, é muito importante que os pais discutam e conversem com as crianças e adolescentes sobre a questão da moderação e do limite do uso das tecnologias. Mas como fazer isso? 

Em primeiro lugar, é importante que os pais tragam para o universo dos filhos, de alguma forma, as suas preocupações e os impactos que esse uso maciço de telas pode ter tanto para a saúde física quanto para a saúde mental.

Além disso, também vale discutir filtros de uso, ou seja, o que podem usar e por quanto tempo, mostrando novamente a preocupação e as consequências do uso excessivo. 

Confira:

Outras dicas importantes 

  1. Use controles parentais quando necessário para limitar o conteúdo que as crianças mais jovens podem assistir;
  2. Trabalhe com crianças e adolescentes mais velhos para estabelecer seus próprios limites para o tempo de tela saudável;
  3. Desligue todas as telas de meia hora a uma hora antes de dormir para reduzir a estimulação das crianças, melhorando a qualidade de sono melhor;
  4. Restrinja dispositivos eletrônicos na mesa de jantar ou durante atividades familiares. A regra vale para todos, inclusive para os adultos;
  5. Estabeleça que as tarefas, lição de casa e outras atividades precisam ser concluídas primeiro. Primeiros as obrigações, depois o entretenimento;
  6. Ajude a entender por que menos tempo de tela pode ser mais saudável, mental e fisicamente;
  7. Certifique-se de que os outros cuidadores saibam e concordem com esses limites para que todos trabalhem juntos nessa missão. 

Se essa limitação gerar estresse nas crianças e nos adolescentes, já que estão acostumados ao uso em grande escala, propor algumas alternativas pode ser uma boa opção: passear, ir na casa dos amigos ou fazer algo que eles gostem em vez de ficar todo o tempo em frente às telas.  

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