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Minha filha mente e inventa doenças; o que fazer?

A mitomania é caracterizada pelo comportamento crônico de mentir de forma compulsiva ou habitual - iStock
A mitomania é caracterizada pelo comportamento crônico de mentir de forma compulsiva ou habitual - iStock

Redação Publicado em 06/01/2022, às 18h30

“Doutor, tenho uma filha que mente muito, ela inventa doenças e se recusa a se tratar. Ela tem 36 anos, é casada e tem um filho de 13 anos. Toda a família fica doente por causa dela. O que fazer?” 

Essa é uma situação complicada. Diferente de uma “mentirinha” eventual que a gente, muitas vezes, usa no dia a dia para fugir de algo desagradável ou para não incomodar alguém, algumas pessoas mentem compulsivamente e exageradamente. 

Esse comportamento pode passar a ser tão frequente e comum, que o indivíduo apresenta uma dificuldade de separar o que é realidade e o que é mentira, e começa a acreditar nas histórias que ele está inventando. 

Casos assim são, muitas vezes, diagnosticados como um quadro de mentira patológica ou mitomania, e a pessoa precisa de algum tipo de ajuda ou suporte. 

A psicoterapia, por exemplo, é fundamental e ajuda a entender o porquê de a pessoa ter esse padrão de comportamento, bem como descobrir o que pode ser feito para que de, alguma forma, ela consiga perceber o que está fazendo e corrigir. 

Confira:

A família também precisa de ajuda

Em muitos casos, não é apenas a pessoa que está doente, a família toda fica comprometida em função de um comportamento que gera desgaste, tristeza, aborrecimento, discussões e conflitos. Essas mentiras contadas de forma compulsiva podem comprometer toda a estrutura e o funcionamento familiar. 

Assim, é fundamental que os familiares conversem e tentem ajudar o indivíduo a chegar ao tratamento, para que ele possa passar por uma avaliação psiquiátrica e ter o suporte da psicoterapia. 

Mas, tão importante quanto tratar quem mente, é a família também ter um tipo de suporte, seja de algum grupo de apoio ou mesmo da terapia também. É essencial que todo mundo “entre nessa” junto para tentar melhorar o ambiente familiar e fazer com que a pessoa consiga mudar o seu comportamento. Muitas vezes, esse é um processo que precisa de um esforço conjunto de toda a família.