Minha mãe enrola para me levar ao ginecologista; o que eu faço?

“Doutor, tenho 15 anos e tenho um namorado de 17. Minha mãe está me enrolando e não quer levar ao ginecologista. Me ajuda!”

Em um namoro de uma menina de 15 anos com um garoto de 17, existe o risco do casal, eventualmente, transar – ou, até mesmo, já ter feito sexo. Por isso, é fundamental conversar com a mãe e dizer que gostaria de ir a uma consulta ginecológica para se informar sobre os cuidados necessários a partir desse momento.

Caso a mãe “finja que não ouviu” e seja resistente em levar a filha ao consultório, vale a menina ir sozinha mesmo. Independente se ela ainda for menor de idade, ou seja, tiver menos de 18 anos, ela pode recorrer ao plano de saúde ou ao posto de saúde para ser atendida por um ginecologista. 

Como escolher um ginecologista?

É sempre importante ter alguma referência do médico que será consultado. Então a dica é perguntar para a família ou às amigas se alguém tem alguma indicação. Além disso, é necessário se sentir confortável com o médico.

Por fim, há muitas pessoas que perguntam se é melhor um ginecologista homem ou mulher. Contudo, a capacidade do profissional não vai variar de acordo com o gênero. Tudo depende de como a pessoa se sente mais confortável.

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O que esperar da primeira consulta?

Isso vai depender da idade e da curiosidade da paciente. Geralmente, com meninas mais novas, são muitas conversas sobre o corpo e seus ciclos, como a menstruação. Por outro lado, se a adolescente já tem vida sexual ativa, a consulta contará com exames mais detalhados, usando espéculo para analisar o corpo de forma certeira.

De qualquer forma, a primeira ida ao ginecologista é um momento muito importante para se criar um vínculo entre médico e paciente e transmitir confiança. Outro fato legal de ressaltar é que é muito comum as pacientes passarem por vários profissionais até encontrarem aquele que a faz se sentir segura e acolhida. Não há problema em testar vários!

E como funciona o sigilo?

A partir dos 14 anos de idade, toda adolescente tem direito a entrar sozinha na consulta médica, tendo seus segredos mantidos em sigilo pelo ginecologista. O médico só vai chamar algum responsável caso esteja acontecendo alguma situação grave em relação à vida dela, como um diagnóstico de HIV ou de assédio sexual.

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