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Minha namorada está com a vagina muito sensível; o que fazer?

A lubrificação vaginal deve ser incolor, sem cheiro e não provocar nenhum desconforto - iStock
A lubrificação vaginal deve ser incolor, sem cheiro e não provocar nenhum desconforto - iStock

Redação Publicado em 30/09/2021, às 15h30

“Doutor, minha namorada está com a vagina sensível. Toda vez que eu vou colocar os dedos ou mexer no clitóris, ela não aguenta, fica muito desconfortável. Qual pode ser a solução?”

Se a vagina está tão sensível ao toque ou à estimulação do clitóris, existem duas hipóteses: 

  1. Talvez ela não esteja tranquila e relaxada, fazendo com que a dilatação da vagina e a lubrificação não sejam adequadas. Assim, ela acaba sentindo dor, incômodo e desconforto no momento da intimidade;
  2. Eventualmente, ela pode estar com alguma infecção, principalmente se existir algum tipo de corrimento ou coceira, dois fatores que podem sinalizar o problema. Nesse caso, é importante consultar um ginecologista. 

Em resumo, esses são os cenários possíveis que podem explicar o desconforto. O ideal é conversar melhor com a parceira, tentar ir com mais calma na hora da intimidade e, se não melhorar, vale procurar ajuda profissional.

@jairobouer

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♬ som original - jairobouer

Como diferenciar corrimento e lubrificação? 

Em primeiro lugar, toda mulher tem lubrificação vaginal diariamente, e isso pode variar de mulher para mulher, de dia para dia e também depender das diversas fases do ciclo menstrual.  No período fértil, por exemplo, ela aparece em maiores quantidades.  

Normalmente, a lubrificação apresenta um aspecto parecido com clara de ovo, tem uma aparência límpida, transparente, incolor, sem cheiro e não provoca nenhum desconforto ou coceira. Esse tipo de secreção é natural e faz parte do funcionamento normal do corpo feminino. 

Confira:

Porém, em algumas fases da vida da mulher, essa lubrificação vaginal natural pode, eventualmente, passar a apresentar algumas alterações que acabam caracterizando o que chamamos de corrimento. São elas: 

  • Mudanças na cor (a secreção fica esbranquiçada, amarelada, acinzentada ou marrom);
  • Mudanças no aspecto (fica mais líquida, consistente ou com aspecto de coalhada);
  • Mudança na quantidade (é preciso trocar a calcinha o tempo todo ou usar protetor);
  • Mudanças no cheiro (o odor fica forte ou ruim);
  • Acompanha coceira, ardência ou algum outro tipo de desconforto.

Tudo isso sinaliza que algo pode não estar funcionando como deveria. Nesses casos, o ideal é buscar a ajuda de um ginecologista, que vai avaliar o que está acontecendo, o que está causando o corrimento e orientar para o melhor tratamento. 

É importante ressaltar ainda que nem todo corrimento é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Muitas vezes, tanto os homens como as mulheres têm micro-organismos que vivem dentro do corpo e, em algum momento da vida, podem ganhar força, vencer a resposta imunológica do corpo e, consequentemente, causar uma infecção. 

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