Redação Publicado em 25/07/2022, às 18h00
“Doutor, minha namorada não sente nada em algumas posições, mas em outras ela sente. Já cheguei a fazer ela gozar cinco vezes em uma determinada posição. Gostaria de fazer de quatro com ela, mas ela falou que dói. O que eu faço?”
Se dói e incomoda, provavelmente, não será uma prática prazerosa para a mulher. E são normais essas variações em relação à posição: em algumas ela pode ter mais facilidade e em outras mais dificuldade.
Com tempo, calma, experiência e intimidade, o casal pode ir ampliando as possibilidades, fazendo com que a vivência sexual dos dois seja mais rica.
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Realmente, algumas posições podem provocar desconforto e até dor em algumas situações. Segundo Jairo Bouer, em alguns casos, o pênis pode encostar no colo do útero, que é uma região mais sensível, o que pode ser bastante doloroso.
Dependendo da intensidade, da força e do ritmo, isso pode provocar um pouquinho de dor”, diz Jairo.
A recomendação é experimentar mais posições e maneiras na hora do sexo para entender quais são melhores e quais causam mais desconforto.
Segundo um estudo recente realizado na República Tcheca, com 11 mil adultos heterossexuais e 13 posições diferentes, pesquisadores descobriram que o famoso “papai e mamãe”, também chamado de “missionário” (o homem fica por cima, de joelhos dobrados, cara a cara com a mulher) é uma das mais adotadas pelos casais. Porém, essa não é a que mais beneficia as mulheres.
A análise apontou duas posições capazes de facilitar o orgasmo feminino. A primeira é a “vaqueira” – com a mulher sentada sobre o homem deitado, face a face. Além de permitir a estimulação do clitóris, a posição permite que as mulheres tenham mais controle sobre a velocidade e profundidade da penetração. Além disso, algumas delas gostam da sensação de estar por cima.
Confira:
A segunda posição mais associada à obtenção do orgasmo, para elas, é ambos sentados, frente a frente, com a mulher por cima. De novo, há mais chances de haver estimulação do clitóris nessa posição, porque ela promove o contato direto com o abdome do parceiro.
O estudo tcheco ainda apontou que as posições em que o homem fica por trás (o famoso “cachorrinho”) são as que menos levam a mulher a gozar (a não ser, é claro, se elas tiverem o clitóris estimulado com vibrador ou com o dedo durante a penetração).
Segundo o psicólogo estadunidense Justin Lehmiller, pesquisador do Instituto Kinsey, ainda há uma outra posição que pode facilitar o clímax feminino: a técnica de alinhamento do coito, ou CAT (sigla em inglês).
A técnica nada mais é que uma variante do “papai e mamãe” – a única diferença é que o homem inclina mais o tronco e fica alinhado ao corpo da mulher, de modo que ambos fiquem com os rostos próximos. Isso permite que a base do pênis toque o clitóris da parceira. Colocar um travesseiro debaixo do quadril da mulher pode facilitar o encaixe.
Dessa forma, o casal consegue coordenar um movimento de pelve de modo que haja atrito sobre o clitóris durante toda a penetração. Diferente do “papai e mamãe” tradicional, em que o pênis entra e sai da vagina, num movimento mais horizontal.
Conclusão? Se está difícil para a mulher chegar lá durante a penetração, é fundamental que o casal tente posições diferentes ou adicione o estímulo ao clitóris enquanto ela for penetrada por trás. Vale lembrar que o feedback da parceira é muito importante, por isso fingir o orgasmo só vai atrapalhar as coisas.
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