Redação Publicado em 27/09/2021, às 10h00
Pergunte para uma mulher com mais de 35 anos de idade se ela se sente melhor hoje do que há dez anos e, provavelmente, você vai ouvir que sim. Experiência, maturidade e autoconhecimento são fatores que favorecem o bem-estar físico e mental, como atesta um grupo de mulheres de diferentes perfis, ouvidas pelo psiquiatra Jairo Bouer neste especial de cinco episódios sobre saúde feminina.
Apesar de se sentirem mais felizes do que aos 25, as entrevistadas contam que certas mudanças começam a incomodar um pouco com o passar da idade. E, para costurar os relatos de cinco mulheres, Bouer ouve a ginecologista Maria Celeste Wender, que, com sua experiência clínica, ajuda a identificar as principais queixas desse período de vida.
Dificuldade para manter o peso, por exemplo, é uma reclamação comum entre as mulheres dessa faixa etária. Mas, para a educadora física gaúcha Camila Dall’Agnol, de 45 anos, a história é um pouco diferente: por ter tido problemas de peso desde muito jovem, ela conta que se cuida muito mais hoje em dia.
A veterinária Daniela Mol Valle, de 40 anos, residente em SP, também percebe que a maturidade ajudou na busca por uma rotina mais saudável. “Com 30 anos eu era mais ‘da noite’...Eu [hoje] prefiro ir dormir cedo e acordar cedo pra correr”, diz.
A maternidade e a experiência profissional também fizeram muita diferença na vida Ivanete Rodrigues da Silva, de 47 anos, que é técnica de enfermagem do Caps (Centro de Atenção Psicossocial), na Bahia. “Hoje eu penso muito melhor antes de tomar decisões, me preocupo muito mais com o próximo, com as pessoas e comigo também”, descreve. “Quando a gente é jovem não se preocupa muito com a nossa saúde, não pensa muito no futuro.”
A psiquiatra e professora universitária de SP Salma Ribeiz, de 43 anos, hoje tenta equilibrar de forma saudável a vida profissional corrida com a de mãe. Mas se vê como uma pessoa menos ansiosa e que prioriza o que é importante para si, sem se preocupar tanto com a aprovação do outro.
Confira:
A advogada Adelaine Batista, de 42 anos, do Tocantins, também se sente bem como pessoa e profissionalmente. Porém, ela se preocupa com o fato de não ter conseguido realizar o sonho de ter filhos. A experiência de um aborto espontâneo, seguida de uma perda familiar, fizeram o objetivo ser adiado: “Às vezes bate a incerteza...nossa, eu devia ter tido filho mais cedo...”.
Como bem ilustra o caso de Adelaine, é muito difícil enquadrar todas as mulheres em um único perfil, como reitera a ginecologista Maria Celeste Wender. Ela concorda que muitas delas já estão mais serenas nessa fase, por terem conseguido atingir alguns objetivos. “Mas a gente também vai ter um percentual de mulheres que ainda não alcançou o que queria, por exemplo, que ainda quer engravidar”, comenta.
Nos próximos episódios, Jairo e as convidadas discutem o que muda no corpo e no metabolismo a partir dos 35 anos, bem como na libido, no sono e no ciclo menstrual. O papo também inclui as opções de contraceptivo e outras abordagens que podem melhorar a qualidade de vida das mulheres na chegada do climatério. Não perca!