Em live com Jairo Bouer, especialista em prática tântrica fala sobre o impacto do patriarcado na sexualidade feminina
Redação Publicado em 19/08/2021, às 17h30
Em uma live com o canal Salve e o Porta dos Fundos, Carol Teixeira, escritora, filósofa e conhecida como uma das principais vozes do tantra na atualidade, contou um pouco mais sobre a prática tântrica e tudo o que ela envolve, incluindo o sexo.
Jairo Bouer também participou da transmissão e, durante a conversa, perguntou à especialista se ela observa alguma diferença entre as mulheres mais novas e mais velhas no que diz respeito à forma como cada geração lida com a sexualidade:
Eu tenho percebido, ao ter contato com esse público mais jovem, que eles trafegam mais tranquilamente pela sexualidade, principalmente as meninas. Elas experimentam mais, têm uma sexualidade mais fluida e parecem lidar melhor com esse assunto. Você sente que boa parte das dificuldades que as mulheres mais velhas enfrentam no sexo estão ligadas a elementos culturais e sociais, por exemplo, o machismo e o patriarcalismo.”
Carol contou que, em seus cursos, têm alunas das mais variadas idades: 19, 20, 30, 40, 50 e, até mesmo, 70 anos. Entretanto, mesmo que as meninas mais novas apresentem uma sexualidade mais fluida no sentido da experimentação, ainda existe algo da cultura patriarcal cravada no feminino: a obrigação de agradar.
Muitas garotas jovens fingem orgasmo e eu fico chocada que isso ainda existe. É o medo de desagradar, especificamente o homem quando são relações heterossexuais. A mulher, por mais empoderada e livre que seja, ainda está sendo apenas um corpo para o outro”, diz Carol.
Confira:
Para a especialista, apesar de vivermos em um cenário com mais consciência do feminino, a questão do estar disponível e o medo de não agradar persistem - e é algo que precisamos lutar contra.
Existem tantas mulheres que não têm orgasmo, são muitas que não gozam. Algumas chegam dizendo: não tenho orgasmo com penetração. Isso não é um problema, a maioria das mulheres não goza com penetração e sim com estímulo no clitóris. Outras se queixam que demoram muito. A questão é: não está demorando, é o seu tempo”, explica.
De acordo com o estudo de Transtornos Sexuais Dolorosos Femininos do ProSex, realizado pela USP (Universidade de São Paulo), 55% das mulheres brasileiras não atingem o orgasmo durante a relação sexual, sendo que 59% delas relatam que a causa para isso é a dor sentida durante o sexo.
O orgasmo é um momento de prazer máximo e, para conseguir atingir isso, é necessário, além de curtir o momento, estar relaxada. Do contrário, existem muitas coisas que podem interferir na ocasião, como doenças, problemas psicológicos, baixa autoestima, uso de drogas e álcool, insegurança e falta de conhecimento do próprio corpo.
Para ajudar nesse momento, confira 10 dicas que podem ajudar a mulher a alcançar o orgasmo:
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