Redação Publicado em 01/06/2021, às 16h00
Durante uma live com a camgirl Emme White, Jairo Bouer pontuou sobre como alguns preconceitos relacionados à indústria pornográfica vêm sendo superados nos últimos anos. Um dos exemplos é o crescimento da busca por conteúdos com mulheres e homens mais velhos.
“Acredito que isso seja um pouco em função de mais um tabu que está sendo quebrado, a ideia de que o corpo mais velho não pode ser excitante. Então, acho que, nesse sentido, a sociedade está tentando rever alguns valores”, comentou Jairo.
Outro ponto levantado foi sobre o conteúdo pornô ainda apresentar características machistas em boa parte das produções, mesmo que muitas pessoas envolvidas – inclusive a própria Emme – tentem, na medida do possível, buscar um caminho para que esses filmes sejam um pouco mais voltados à valorização da mulher e com teor feminista.
Jairo perguntou à Emme como ela enxergava o futuro da indústria pornô e se ela acreditava que essas fronteiras, ou seja, os preconceitos e tabus, poderiam ser totalmente quebradas em um futuro próximo.
Segundo a camgirl, o avanço é inevitável, já que é necessário estar sempre se adaptando ao meio. Para ela, apesar de as mulheres estarem cada vez mais interessadas pelo pornô, ainda existem aquelas com receio de consumir esse tipo de conteúdo.
“Muitas mulheres ainda têm um pé atrás para assistir pornografia, talvez porque acham que todos os fimes são com teor machista e o prazer está totalmente focado no homem. Realmente, a maioria ainda é assim”, disse.
Confira:
Emme acredita que a prevalência de produções voltadas ao público masculino está diretamente relacionada à falta de opinião das mulheres sobre o conteúdo abordado. Para ela, o público femino precisa expressar interesse e falar o que gostaria de assistir.
“É importante que as mulheres mostrem que estão consumindo. Afinal, o filme pornô é um produto, então ele é feito para quem está comprando. Enquanto a maioria dos consumidores forem homens, o mercado ainda será ditado pelos gostos masculinos ”.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Waterloo, no Canadá, mostrou que a pornografia e outras ferramentas tecnológicas estão ajudando as mulheres a se conhecerem melhor sexualmente.
O estudo qualitativo observou 28 mulheres, de todo o espectro de identidades sexuais, que consumiam material erótico on-line. Por meio das entrevistas, os pesquisadores descobriram que a pornografia encorajou as mulheres a entenderem melhor sua sexualidade e que a tecnologia as ajudou a se conectarem com outras pessoas para discutir questões como novas práticas sexuais e o uso de acessórios sexuais.