Redação Publicado em 30/08/2022, às 21h00
“Doutor, tenho déficit de atenção e muita dificuldade em focar no trabalho. Me desorganizo e não cumpro metas. Tem jeito de tratar o problema sem remédio?”
Essa dificuldade de focar pode indicar, talvez, um caso de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Apesar de ser uma condição bem mais comum entre crianças e adolescentes, ela também pode persistir e chegar à vida adulta.
Se o impacto provocado pelo TDAH é muito significativo, às vezes não é possível “fugir” de uma avaliação com um profissional e do uso, nem que seja temporário, de algumas formas de medicação, que ajudam a pessoa a concentrar-se.
É comum as pessoas associarem o TDAH a crianças e a jovens, faixas de idade em que as manifestações talvez sejam mais evidentes (agitação psicomotora, inquietação, dificuldade em manter atenção na sala de aula, agressividade, entre outros).
Entretanto, os adultos também podem apresentar sintomas do transtorno, sendo que muitos nunca passaram por uma avaliação na infância ou na adolescência, o que dificulta o diagnóstico na vida adulta.
A Organização Mundial de Saúde estima que o TDAH afete 4% da população adulta mundial e que dois terços das crianças com o transtorno continuam a apresentar os sintomas depois que crescem. No Brasil, a estimativa é de que haja dois milhões de adultos acometidos.
Confira:
Entre os sintomas mais comuns em adultos estão:
Em muitos casos, os medicamentos podem ser necessários. Porém, existem algumas dicas que podem melhorar essa dificuldade de atenção mesmo sem recorrer a eles. Veja só:
Em resumo, organizar a rotina pode ser um bom caminho para lidar com a dificuldade de concentração e foco. Se resolver essa questão sem ajuda for algo muito difícil, não deixe de buscar por um profissional de saúde mental.