Redação Publicado em 12/04/2022, às 18h00
“Doutor, tenho claustrofobia e não estou conseguindo mais lidar com essa situação. Quase não saio de casa por causa do medo. O que eu posso fazer?”
Essa é uma dúvida muito importante, já que a claustrofobia é considerada um transtorno de ansiedade, classificada como fobia, e que provoca um medo intenso de espaços fechados.
Pessoas que sofrem com a condição tendem a ficar nervosas quando estão em lugares apertados, como elevador, sala lotada, metrô, ônibus, sala de cinema e por aí vai.
É possível perceber o quanto a claustrofobia pode limitar a vida de uma pessoa. Alguns indivíduos apresentam os sintomas em todos os tipos de áreas fechadas, enquanto outros só percebem o problema quando estão em espaços específicos, como dentro de uma máquina de ressonância magnética.
Vale lembrar que um transtorno de saúde mental pode se manifestar de formas e intensidades diferentes: para algumas pessoas a claustrofobia gera apenas nervosismo ou desconforto, para outras ela pode ser tão intensa que leva até a um ataque de pânico.
Entre os principais sintomas que espaços fechados podem desencadear estão:
Muitas pessoas experimentam ainda a sensação de “morte”, como se o mundo fosse acabar. Esses sentimentos podem ser muito assustadores mesmo que o indivíduo não esteja realmente em perigo. Embora a pessoa consiga perceber que aquele medo não é racional, ela pode ser incapaz de pará-lo.
Confira:
A crise pode demorar até 25/30 minutos. Por conta disso, a pessoa pode começar a limitar a sua vida, evitando ficar em locais fechados ou criando alternativas e roteiros mirabolantes para conseguir chegar em seu ambiente de trabalho, por exemplo.
A claustrofobia é o que os psicólogos chamam de "fobia específica”, ou seja, um medo de certos objetos, pessoas ou atividades. Ter medo de agulhas e de altura, por exemplo, indica outras fobias específicas.
As fobias podem ser influenciadas pela cultura e desencadeadas por eventos da vida, como bullying ou algum tipo de abuso, e tendem a ocorrer em famílias. Os familiares imediatos de pessoas com fobias têm cerca de três vezes mais probabilidade de terem fobia do que aqueles sem histórico familiar.
É fundamental procurar ajuda e um tratamento adequado, especialmente se a claustrofobia está limitando a vida da pessoa. Normalmente, é feita uma associação da terapia com medicamentos que, em geral, fornecem um tratamento mais rápido e com resultados mais imediatos.
Algumas pessoas tratam apenas com terapia, outras só com remédios e algumas desenvolvem técnicas próprias para enfrentar essas dificuldades. Todas essas opções podem funcionar, mas provavelmente levarão muito mais tempo para dar resultados e podem ser mais custosas do ponto de vista emocional.