Leitor pergunta se existe algum problema em ficar excitado ao beijar a sua companheira
Redação Publicado em 08/09/2021, às 16h30
“Doutor, queria saber: quando eu beijo a minha namorada, meu prênis fica duro. Isso é normal?”
Sim, ter uma ereção na hora do beijo é normal, é esperado e bem-vindo. É um sinal de que o homem está estimulado, excitado e de que, estar com a parceira (ou parceiro), é bom e faz bem para ambos.
Os beijos de língua sempre foram considerados um termômetro para os níveis de intimidade e paixão de um casal. Tanto que foram imortalizados pelo cinema e são vistos diariamente nas novelas. Mas estudos mostraram que essa forma de romantismo não prevalece em todas as culturas e, em alguns países, ela é considerada até um pouco nojenta.
Em 2019, uma pesquisa publicada na revista American Anthropologist avaliou 168 diferentes culturas para compreender melhor como diferentes povos encaram o beijo de língua.
Confira:
Os resultados revelaram que apenas 46% dos povos estudados costumam beijar seus parceiros românticos ou sexuais. Para os pesquisadores, foi uma surpresa descobrir que nem metade das culturas avaliadas tem esse costume.
O beijo de língua foi mais prevalente no Oriente Médio, sendo presente nas dez culturas estudadas pelo grupo. Na América do Sul, a prática foi considerada comum em apenas quatro das 21 culturas analisadas.
Na América do Norte, apenas 55% dos grupos culturais avaliados adotam o costume. Na Ásia, a proporção encontrada foi de 73% e, na Europa, de 70%. O mais curioso é que os autores não encontraram evidências desse tipo de beijo na América Central, incluindo os povos da Amazônia, nem mesmo na África Subsaariana e na Nova Guiné.
Além disso, a equipe identificou uma relação entre complexidade social e beijos: quanto mais complexa e estratificada uma sociedade é, maior a frequência do beijo de língua.
Os autores da pesquisa também esclareceram que a evolução do beijo ainda não é muito clara. Alguns animais adotam comportamentos semelhantes, como os chimpanzés, por exemplo. Alguns especialistas defendem que beijar com a língua é uma forma de aprender mais sobre a parceria, sentir se existe “química” e até avaliar sua saúde por meio do paladar e do olfato.
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