Pesquisa mostra que 17% dos jovens, no Havaí, consomem cigarros eletrônicos; só 3% fumam a versão comum
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h23 - Atualizado às 23h56
Os cigarros eletrônicos surgiram como um possível aliado para ajudar quem quer parar de fumar. A segurança desses equipamentos ainda não está clara, no entanto eles estão se tornando tão populares que há até uma nova geração de jovens “viciada” nos produtos, mesmo sem nunca ter sido dependente de cigarro comum. É o que mostra uma pesquisa realizada no Centro de Câncer da Universidade do Hawaii.
O trabalho, publicado na revista Pediatrics, mostrou que quase 30% de 1.900 adolescentes já experimentaram cigarros eletrônicos. Desses, 17% vêm consumindo o produto com frequência. A taxa é cerca de três vezes mais alta que a encontrada em estudos feitos nos Estados Unidos em 2011 e 2012. Os entrevistados tinham entre 14 e 15 anos.
A pesquisa também descobriu que 12% dos jovens usam cigarros comuns e eletrônicos em paralelo. Apenas 3% usam só cigarros comuns. E 67% deles, ou seja, a maioria, consideram o cigarro eletrônico mais saudável que o tradicional.
Analisando outros fatores de risco dessa população, os pesquisadores questionam se os cigarros eletrônicos não estariam atraindo uma parcela de jovens que, se não existisse a novidade, não estariam fumando.
É uma questão importante a ser considerada, já que os cigarros eletrônicos também contêm nicotina e, por isso, são viciantes. Talvez seja hora de prestar atenção nessa tendência, principalmente agora que as taxas de vício em cigarro (comum) vêm diminuindo.