Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h50 - Atualizado às 23h53
Pesquisadores norte-americanos sugerem que a disfunção erétil poderia ser um sinal precoce de doença cardiovascular. A descoberta pode ajudar os homens a diagnosticar e tratar problemas de circulação que, mais tarde, elevariam o risco de infartos e derrames.
Uma equipe da Universidade de Northwestern chegou à conclusão depois de revisar 26 estudos com foco nas duas condições. Eles viram que todos os homens com alto risco de doença cardiovascular relatam disfunção sexual.
A disfunção erétil acontece por prejuízos no fluxo de sangue que permitem a ereção normal. Os especialistas acreditam que haja uma conexão entre o problema e a chamada disfunção endotelial, quando os vasos não conseguem se dilatar completamente e permitir que o sangue flua como deveria. E isso também é um sinal precoce de aterosclerose, condição em que placas se acumulam nas paredes das artérias formando uma obstrução, que pode levar ao ataque cardíaco ou ao acidente vascular cerebral.
Os dados, publicados na revista Vascular Medicine, e divulgados no site britânico Daily Mail, podem servir de estímulo para que homens mais jovens com problemas de ereção sejam avaliados em relação à saúde vascular. Com diagnósticos mais precoces, aumentam as chances de prevenção de infartos e derrames.