Pesquisa com 344 casais mostra que as horas extras facilitadas pelas tecnologias móveis prejudica a vida afetiva e também profissional
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h51 - Atualizado às 23h53
O smartphone transformou a vida doméstica em extensão do trabalho, o que tem afetado muitos relacionamentos conjugais e familiares. Mas será que as empresas ganharam com essa disponibilidade extra dos funcionários? Um estudo norte-americano mostra que não.
A pesquisa contou com 344 casais em que ambos trabalhavam por tempo integral e usavam smartphones ou tablets para resolver coisas relacionadas ao serviço após a jornada. Os pesquisadores, das universidades do Texas, Baylor e do Estado de Utah, analisaram o impacto desse tipo de comportamento na vida pessoal e profissional dos participantes.
Eles concluíram que, quanto maior o tempo investido nesse trabalho fora de hora, maior a tensão no relacionamento do casal. Como consequência, pior era a performance e a satisfação com o emprego.
Os autores do paper, publicado no Journal of Occupational Health Psychology, comentam que, por mais que muitas empresas não se preocupem com essa nova realidade, elas precisam saber que o conflito entre trabalho e vida pessoal proporcionado pelas tecnologias móveis prejudica a produtividade.