Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h49 - Atualizado às 23h53
Se boa parte dos homens é mais ou menos previsível no que se refere aos estímulos genitais, com as mulheres a coisa é bem diferente: cada uma gosta de ser tocada de um jeito para chegar lá. Essa diversidade foi ressaltada por pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, num artigo publicado no Journal of Sex & Marital Therapy.
As conclusões fazem parte do relatório OMGYes do Prazer: Mulheres e Toque. Para quem não sabe, a OMGYes.com é uma empresa focada em desmistificar o prazer sexual feminino. O site traz vídeos explícitos, mas educativos, sobre como as mulheres se masturbam e suas preferências sexuais. A iniciativa já foi elogiada por diversas revistas femininas, nos Estados Unidos, e até pela atriz Emma Watson. É preciso pagar (atualmente US$ 39), mas tem tradução para o português e até tutoriais que permitem simular o toque com o touchscreen – um verdadeiro “mapa da mina”.
Esse levantamento específico contou com mais de 1.000 mulheres de 18 a 94 anos. Elas relataram um reportório bem variado de preferências para o toque genital, com diferenças em relação a local, pressão, forma e padrão.
Para os pesquisadores, os dados derrubam a noção de que existem “movimentos sexuais” universais, ou seja, que funcionam para todas. Eles também destacam que, justamente por isso, os casais devem conversar sobre seus desejos e preferências.
Quase 75% das mulheres, porém, relataram que a estimulação do clitóris é necessária para facilitar o orgasmo, ou para deixá-lo mais prazeroso. Para 18%, a penetração vaginal sozinha não é suficiente para o orgasmo. Esses dados não chegam a ser novidade, mas é sempre bom lembrar essa história de orgasmo vaginal e orgasmo clitoriano foi desmistificada por estudos sérios.
A OMGYes diz que, atualmente, está fazendo pesquisas sobre prazer sexual na menopausa, na gravidez e no pós-parto, e deve trazer novidades em breve.