Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h53 - Atualizado às 23h53
Você é capaz de imaginar, já no primeiro encontro, se uma relação tem futuro? Muita gente diz que sim, mas segundo cientistas da Universidade da Califórnia, não é tão fácil assim. Após realizar uma série de entrevistas, a equipe descobriu que, no começo, relações de curto e longo prazo são quase idênticas.
Os psicólogos dizem que, logo depois do primeiro encontro, o interesse aumenta da mesma forma tanto para aqueles relacionamentos que são “só sexo” quanto para os que acabam em casamento. É nesse momento que as pessoas se perguntam: “Será que isso pode dar em alguma coisa?”
Mas chega uma hora que os destinos se dividem: quando o relacionamento é de curto prazo, o interesse se estabiliza e logo começa a diminuir. Já quando é “pra valer”, o interesse só aumenta, até alcançar um pico. E ainda há aquelas pessoas que, só depois de um tempo de amizade, começam a ter “segundas intenções” e acabam em uma relação estável. Os pesquisadores até apresentam gráficos para ilustrar essas dinâmicas.
De acordo com o estudo, qualquer que seja o futuro do casal, as trajetórias começam a se divergir mais ou menos na mesma época: quando o relacionamento começa a se tornar sexual. É quando as pessoas, depois da química inicial, percebem que existem certas diferenças irreconciliáveis ou não. Algumas até continuam por um tempo, por causa do sexo, mas a aventura não dura muito.
O curioso é que eles não encontraram diferenças significativas nas trajetórias de homens e mulheres. Ao todo, foram entrevistados 800 estudantes de graduação, de diferentes etnias, que deram detalhes sobre seus relacionamentos mais recentes, desde os primeiros contatos e as primeiras experiências sexuais, até os encontros se tornarem estáveis ou surgirem as primeiras desculpas para não se ver de novo.
Será que um dia a ciência vai ser capaz de prever quais relacionamentos têm mais chances de dar certo ou errado? Ainda não dá para ter uma ideia. Mas será que as pessoas gostariam mesmo de saber?