Vida sexual após os 65 anos ainda está longe da ideal, mostra pesquisa

Levantamento norte-americano mostra que apenas 31% das mulheres são sexualmente ativas, contra 51% dos homens

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h53 - Atualizado às 23h53

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Crédito: Fotolia

Uma pesquisa norte-americana faz um raio-x da vida sexual de homens e mulheres maduros e mostra que essa parcela da população ainda tem receio de buscar ajuda para resolver suas dificuldades. Segundo o levantamento, 40% dos indivíduos de 65 a 80 anos de idade são sexualmente ativos. Apesar disso, quase dois terços se diz interessada em sexo e mais da metade afirma que transar é importante para sua qualidade de vida.

Ter companhia não é sempre sinônimo de que tudo está bem: quase três quartos dos entrevistados têm parceiro romântico, mas só 54% deles são sexualmente ativos, de acordo com os dados.

As diferenças entre os gêneros ainda são pronunciadas: apenas 31% das mulheres entrevistadas têm relações sexuais, contra 51% dos homens. Apesar disso, elas se dizem mais satisfeitas do que eles com esse aspecto da vida.

Para a maioria dos entrevistados homens (84%), o sexo é parte importante do relacionamento, enquanto só 69% das entrevistadas afirmam o mesmo. E metade deles diz ter muito ou extremo interesse em sexo, em comparação com apenas 12% das mulheres.

Do total de entrevistados, 18% dos homens e 3% das mulheres relatam ter tomado medicamentos ou suplementos para melhorar a função sexual nos dois anos anteriores à pesquisa. E só 17% dizem ter conversado sobre esse aspecto da vida com o médico ou outro profissional de saúde.

Para os autores, talvez seja preciso que médicos e terapeutas sejam mais proativos e perguntem sobrea vida sexual, até porque esse assunto tem muito a ver com bem-estar físico e mental. Enquanto 45% dos entrevistados com saúde boa, muito boa ou excelente fazem sexo, a proporção cai para 22% entre os que dizem ter saúde regular ou ruim.

O trabalho contou com mais de 1.000 pessoas da Pesquisa Nacional sobre Envelhecimento Saudável, e foi conduzido na Universidade de Michigan, com patrocínio da instituição e também da Associação Americana dos Aposentados (AARP, em inglês).

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