3 fatos sobre a incontinência urinária

Caracterizada pela perda involuntária de urina, a condição pode afetar pessoas de todas as idades

Redação Publicado em 21/09/2021, às 17h00

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), estima-se que 5% da população mundial sofra com incontinência urinária - iStock

A incontinência urinária (UI) é caracterizada pelo vazamento involuntário da urina provocado pelo desgaste e pela perda do tônus muscular na região pélvica. O tipo mais comum é a chamada incontinência urinária de esforço, que ocorre quando a pessoa ri, tosse, espirra, corre ou realiza algum movimento específico. Há também a por urgência, na qual acontece a perda urinária após um súbito desejo de urinar, normalmente quando a pessoa está muito próxima do banheiro.

Nas duas situações, o vazamento pode ser leve, moderado ou pesado, e a gravidade é avaliada pelo tamanho do impacto na qualidade de vida e/ou através da medição da quantidade e frequência do escape.

A incontinência também pode ser provocada por outras condições médicas, como diabetes, obesidade, inflamação vaginal e uretral, demência e doença de Alzheimer. Além disso, certos comportamentos são capazes de aumentar o risco de desenvolvimento da condição, incluindo o tabagismo.

Conheça três fatos sobre a incontinência urinária:

1. Muita gente tem 

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), estima-se que 5% da população mundial sofra com algum grau de incontinência urinária. No Brasil são, aproximadamente, 10 milhões de pessoas

Mesmo sendo frequente e tratável, a incontinência urinária ainda é considerada um tabu e são poucas as pessoas que procuram tratamento adequado. Uma publicação recente da Associação Europeia de Urologia mostrou que apenas um terço dos europeus que experimentam alguma perda de urina buscam ajuda profissional. 

De acordo com essa mesma pesquisa – que contou com 3.029 homens e mulheres com mais de 18 anos de países da Europa –, 35% das pessoas que não procuraram um tratamento disseram que não o fizeram porque esperam que a incontinência cure sozinha e outros 27% afirmaram não se sentirem confortáveis em falar sobre esse assunto com um profissional. 

2. As mulheres são mais vulneráveis 

O gênero é um fator de risco para a incontinência urinária. As mulheres são fisiologicamente mais vulneráveis a apresentar a condição quando comparadas aos homens - e mais propensas a desenvolvê-la em uma idade mais jovem. 

Segundo dados da SBU, o problema é duas vezes mais comum entre o público feminino e 35% das mulheres com mais de 40 anos e após a menopausa apresentam algum grau de incontinência urinária. 

Confira:

Vale lembrar que qualquer pessoa pode desenvolver o problema, mas o gênero e a idade são os maiores fatores de risco. Idosos são mais suscetíveis à incontinência do que pessoas mais jovens, pois seus músculos do trato urinário vão perdendo a força com o envelhecimento.

Além disso, essa parcela da população também é mais propensa a apresentar outros quadros que aumentam as chances de desenvolver o problema, incluindo certas condições de saúde, medicamentos, bem como prejuízos funcionais e cognitivos

3. Pode afetar a qualidade de vida 

A incontinência urinária é capaz de afetar a qualidade de vida de uma pessoa, tendo grandes repercussões no bem-estar físico, mental e social

Uma pessoa com incontinência urinária, além de poder sofrer uma mudança na própria rotina, também pode experimentar sentimentos de vergonha, baixa autoestima, ansiedade e, até mesmo, depressão, buscando o distanciamento social no intuito de evitar novas situações constrangedoras. 

A perda involuntária da urina, dependendo do nível de gravidade, pode afetar outros aspectos da vida, incluindo exercícios físicos, produtividade no trabalho, qualidade do sono, interação social e saúde sexual. 

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