Redação Publicado em 24/03/2022, às 16h00
O Oscar 2022 está chegando! A premiação será realizada no próximo domingo, dia 27 de março, a partir das 21h (horário de Brasília). Neste ano, 10 longas concorrem ao prêmio de melhor filme: "Belfast", "Ataque dos Cães", "King Richard: Criando Campeãs", "Licorice Pizza", "Duna", "No Ritmo do Coração", "Não Olhe Para Cima", “Amor, Sublime Amor", "Drive My Car" e "O Beco do Pesadelo".
No Oscar 2022, muitos filmes selecionados, seja da lista de melhor filme ou que concorrem em outras categorias, tratam de assuntos sensíveis, como sexualidade, maternidade e sobre as diferentes formas de lidar com as emoções. A seguir, selecionamos três deles que vale conhecer. Confira!
Em Montana (EUA) no ano de 1925, Phil Burbank (Benedict Cumberbatch) e George Burbank (Jesse Plemons) são irmãos que cuidam de uma fazenda de gado recebida de herança. Phil é um homem duro e responsável pela fazenda enquanto seu irmão se mostra mais dócil e com pouco poder sobre os criados. A nova relação de George com a viúva Rose Gordon (Kirsten Dunst) traz para a convivência da fazenda o filho dela, Peter Gordon (Kodi Smit-McPhee), considerado afeminado para os padrões locais.
Peter se vê alvo fácil de Phil, que comanda a fazenda e seus homens com mãos de ferro, sempre representando um papel hostil. Ambos, porém, acabam se aproximando e, dessa aproximação, surge uma relação de amizade e de respeito. Isso faz com que Phil tenha que lidar com sentimentos e emoções enterradas de seu passado. O longa, que aborda de maneira bastante sensível a repressão das emoções dos personagens, concorre a 12 estatuetas.
Há na sociedade uma romantização sobre a maternidade, sendo muito comum a ideia de que as mulheres nascem para cumprir esta função de mãe. Este longa discute com muita delicadeza e profundidade esta ideia. No filme “A Filha Perdida”, Leda (Olivia Colman) é uma professora e estudiosa de meia-idade que está de férias em um local paradisíaco.
Ao conhecer Nina (Dakota Johnson), uma mãe com sua pequena filha, Leda se vê tendo de confrontar o seu passado. Entre flashbacks e conflitos atuais, ela revive as dificuldades que enfrentou quando suas filhas eram pequenas, tendo que lidar com o cuidado familiar e com a sua carreira acadêmica. O filme concorre a três Oscars, dois deles para as atrizes que vivem Leda, na fase da meia-idade e na fase mais jovem (Jessie Buckley).
Este filme japonês é uma das sensações do Oscar e um dos favoritos à premiação máxima, concorrendo a quatro estatuetas. Mesmo que tenha quase três horas de duração, mal se percebe o tempo passar e o longa se mantém intrigante do início ao fim. A história gira em torno de Yûsuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima), um ator e diretor de teatro que enfrenta um momento conturbado que diz respeito à relação com a sua esposa, Oto (Reika Kirishima).
Quando Oto morre repentinamente, Yûsuke se vê diante de muitas perguntas sem resposta, mas segue sua vida adiante. Dois anos depois, ao ser contratado para dirigir uma peça em Hiroshima, ainda vivendo o luto, ele parte para a cidade a bordo de seu estimado carro Saab 900. Lá, ele tem de aceitar Misaki Watari (Toko Miura) como sua motorista. Desta relação envolta em silêncios e revelações, ambos criam um laço que transcende as suas dores.