Redação Publicado em 20/08/2022, às 08h00
As panturrilhas, conhecidas popularmente como “batatas da perna”, são formadas por dois grandes músculos: o sóleo e o gastrocnêmio. Elas são muito usadas diariamente para os mais diferentes movimentos: quando caminhamos, corremos, saltamos ou ficamos parados em pé.
Como elas são muito usadas, são também muito resistentes, por isso, desenvolvê-las dentro da academia pode ser um desafio. Isso acontece porque elas possuem mais fibras de contração lenta (mais resistentes à fadiga). Assim, para hipertrofiá-las, é preciso investir em treinos com mais volume.
O coração sempre foi considerado um órgão nobre, afinal, devemos a ele a manutenção de todos os outros órgãos funcionando; desde a antiguidade, sempre foi o órgão que nos remetia ao dom da vida.
A cada batida do coração, que é um músculo, o sangue é ejetado para circular e levar nutrientes para todo o corpo. Esse bombeamento é feito por um conjunto de tubos que circundam todo o nosso organismo, nosso sistema arterial, levando sangue rico em oxigênio e nutrientes.
Depois que os órgãos usam esse sangue, tiram todo o oxigênio e nutrientes, o sangue precisa voltar para ser novamente oxigenado no pulmão, mas nesse momento temos algumas dificuldades. O sangue, que é um líquido, precisa retornar contra a ação da gravidade até o pulmão. Para vencer esse desafio, ele conta com um personagem de suma importância, que entre os médicos é conhecido como o coração das pernas: o músculo da panturrilha.
Existem alguns personagens que ajudam nesse retorno do sangue, o chamado retorno venoso. O primeiro seria a pressão negativa feita pelos nossos movimentos respiratórios, que “sugam” o sangue em direção ao pulmão; além deles, os outros músculos da coxa e até o glúteo, que se juntam à panturrilha, como um time para trazer o sangue de volta ao pulmão.
Mas nesse trabalho em equipe, o grande herói ainda é a panturrilha, que sozinha é responsável por 90% do trabalho. Sendo assim, fica fácil entender o quão importante é a batata da perna, e o prejuízo que podemos ter em nossa circulação se não lhe dermos a devida atenção.
Qualquer situação onde a panturrilha não funcione adequadamente vai piorar a circulação, diminuindo a velocidade do sangue dentro das veias, o que pode causar retenção de líquido nas pernas, levando a inchaço, pernas pesadas, cansadas e aumentando a predisposição de desenvolver varizes e trombose venosa.
Como o bombeamento do sangue nos membros inferiores é feito através da musculatura da panturrilha, toda forma de exercício físico que fortaleça os músculos da região é extremamente benéfica. O sedentarismo é um dos maiores fatores agravantes da doença varicosa.
Variar os exercícios, alternando treinos com mais carga com outros com carga menor é uma boa pedida para exercitar a região. Mas vale consultar um profissional da área, ok? A seguir, veja alguns exercícios que você pode fazer na academia, com acompanhamento profissional, para exercitá-las.
Você pode se apoiar em um step para ter maior amplitude do movimento e segurar halteres para aumentar a carga. Pode ser feita de forma unilateral ou bilateral.
Aqui apoiam-se as pontas dos pés no aparelho, fazendo o movimento de empurrar usando apenas a força das panturrilhas, sem flexionar os joelhos.
A dinâmica é a mesma do primeiro exercício, mas aqui você ficará na posição sentada, com a ponta dos pés sobre um step. Use um peso sobre as coxas para aumentar a dificuldade.
Ele é o principal exercício para o desenvolvimento de todos os músculos das pernas - e não é diferente com a panturrilha. O movimento é completo e ativa muito as panturrilhas!